As três alteridades podem ser entendidas aqui em: a) as representações de si do sujeito, que acontecem através das narrativas da própria-história, isso diante, anti os processos de subjetivação. Estas narrativas seriam os primeiros ensaios para uma emancipação identitária; b) as relações com outro - com o mesmo grau de importância de que se dá a si mesmo (que, segundo Lévinas, o outro nunca é um objeto de analise para o sujeito do conhecimento); c) uma grande questão para a discussão sobre alteridade parte do princípio de que as relações com a Natureza, desde muito tempo não têm sido de empatia. Assim, vale ressaltar que todas estas três relações além de plurais, se dão em campos de influência e de entendimento em constante perda de controle hegemônico, e ainda, que sua complexidade determinaria as representações sociais pelas quais se dão os modos de o sujeito ser e estar no mundo é a forma de representá-las e representar-se que se faz urgente à discussão acerca da alteridade.
A alteridade, para as representações que os sujeitos fazem de si, tem sua função como um outro campo de visão de mundo e de ressignificação da realidade de si no mundo. A alteridade não acontece através dos processos de construção de comportamentos socialmente estáveis como a introjeção, inculcação, ideologização, assimilação, etc, Ora, na medida em que abre possibilidades diversas para a crítica dos processos de interiorização do sujeito, isto é, da Subjetivação, a alteridade é um programa que escapa a lógica das relações sociais e históricas entre os sujeitos vistas até então.
Nosso pressuposto é que a base identitária do sujeito, em todas as suas possibilidades, é tecida através de processos conflituosos com a Distinção (como antônimo de identidade e identificação), porém estes processos orientam, por assim dizer, o sujeito (“Ego”) em relação as suas aquisições objetivas e, sobretudo, subjetivas da noção do que venha a ser Outro (Alter), assim, no campo das possibilidades do seu viver no mundo e se educar e ser educado constrói a si mesmo em face do outro. Sua autonomia de ser e estar no mundo dependerá da autonomia do outro em ser distinto.
ISBN | 978-1-105-36668-0 |
Número de páginas | 168 |
Edição | 1 (2011) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |