Naqueles dias de noites insones, quando a mente vagueia em busca das Artes, como alento que nos chega para saciar a fome e a sede, por mais conhecimento, nos deparamos com o imprevisível. Por um acaso, entrei na página do amigo virtual – Perinho Santana –, eis que li uma chamada dele, pedindo ajuda para que fosse possível realizar um grande sonho, diagramar e lançar um dos seus livros, e por não ter computador, ele digita todos os seus poemas em alguma plataforma – aqui no caso –, no “Facebook”.
Entrei em contato com Perinho, ouvi suas palavras e ofereci-me a ajudá-lo na realização desse sonho.
Após conversarmos, aqui nessas “Palavras Preambulares”, reporto-me a um dos meus poemas, para registrar o momento desse encontro:
Excertos de Memórias...
Com a net o mundo ficou a distância de um clik. Tem mais informação num clik, do que em todos os compêndios ou enciclopédias. Mas será que a raça humana está disponível e aceita a pressão da distância? Ou se conforma e se aconchega na sua própria condição...? Não sei o que a vida me reserva…, mas ninguém sabe que as oportunidades devem ser agarradas na mesma dimensão da ambição de cada um.
É verdade que só a ambição não chega... Muitos outros fatores se conjugam para que tudo tenha o seu alinhamento próprio.
E desses outros fatores quantos verdadeiramente conseguimos controlar... A net há muito que nada tem de virtual. É intenso... Emocional... É algo real...
E entre todos os adjetivos classificativos que possam existir no léxico português, uns pela positiva... Outros pela negativa.
Tem um adjetivo que se chama "cruel" porque a net tem realmente tudo...
Mas é cruel quando nos esmaga na nossa insignificância humana e nos coloca em atos de "fé"! E isso é um verdadeiro culto...
Podemos aprender tudo na net e é real.
Mas não deixa a cereja no topo do bolo facilmente, se quisessem sem qualquer rodeio “arranjar amigos”. Garantidamente que no mundo da net teriam muitos mais que no real e realmente os teria...e,
Mexeria com alegrias, esperanças e tristezas...
Emoções e desilusões... Conheceríamos
a intensidade da frieza..., humana.
Então, este é um mundo de opostos metidos no mesmo saco? As duas faces de uma mesma moeda que estão tão perto uma da outra e, no entanto, de costas voltadas?
A net é isso, um emaranhado de situações e emoções. E no mundo das relações interpessoais, pensamos que não é verdade... Que é virtual... Mas, existe a percepção real, de pessoas dignas e sinceras, relação que se cola como uma segunda pele. Fundida em nós...
Cabe a cada um decidir a forma mais ou menos saudável de aceitar a coabitação desses dois mundos para que, o que vale a pena, ser vivido..., e preservado, seja mantido na memória, do coração e da alma...
Mantendo vivos sentimentos e emoções puras e intensas, onde tantas vezes a palavra amor fraterno faz todo o sentido! Ou então alienar tudo isso, reduzindo-o à miserabilidade...
E as emoções continuaram após contactar-me com a esposa de Perinho – Nalva –, também artista Plástica, não só ela, mas também, o filho caçula do casal, Daniel Santana.
E de conversa em conversa percebemo-nos sincronizados. De alguma forma, nossas vivências movimentavam-se numa mesma direção: taxaram-nos loucos – ele por compor versos, nos muros –: EuFlor – por ouvir vozes –, contactar-me com o mundo espiritual.
Levaram-no para um Sanatório e eu para o Psiquiatra.
Minhas primeiras telas, duas, aconteceu de uma forma inesperada, um insight – acordei com desejos de pintar uma tela –, comprei pinceis, duas cores – azul e branca – para pintar, não o mar, não!
Não! Não era essa a minha intenção.
Desde então, o “Mar inda é-me inspiração...”
Não consegui pintá-la com o pincel, automaticamente ‘lancei-me ao mar’ com minhas próprias mãos..., e mergulhei fundo... Presenteei uma amiga com essa tela, ela a reconheceu como um lugar que ela estivera orando, em um momento de muita dor. Após dois anos, foi-me devolvida.
Havia no fundo do mar uma mulher... E um mar revolto, com nuvens de temporal...
Passados 20 anos, a verdade emergiu das profundezas do mar – a data... –, um marco de dor na Família Gomes Rodrigues – a “partida da nossa Mãe”: 09/11/2018. E, também data de alegria – nascimento do teu filho Matheus, em 09/11/2013.
Sabendo da dor tão recente do teu filho, cuja mãe partira após enfrentar um câncer de fígado..., um alerta? Reflito-me portadora de ‘esteatose hepática acentuada’, e penso em “Sincronicidade...”
Faltam-me palavras para exprimir tantas emoções, resta-me repetir as palavras da “Família Santana”: “Deus te abençoe sempre e, a tua família.” (Reinadi Sampaio)
ISBN | 9786501269849 |
Número de páginas | 246 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Colorido |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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