Foi no árido cenário do Distrito de Mariana, “um grão de areia” na vastidão do sertão pernambucano onde foi acesa a centelha dessa história...
– Corre que o menino tá nascendo – Gritou dona Estelita em meio à balbúrdia que antecede ao parto. As “lamparinas do sertão”, como eram conhecidas as parteiras da época. Ali, naquele dia 16 de julho de 1922 nascia Apolinário Domingos Neto, um “cafuzo”, descendente de índio com negro, Filho de Manoel Domingos da Silva, e de Dona Maria Paulina de Jesus, Apolinário significa “consagrado a Apolo” e Domingos “o que pertence ao senhor”, o Neto herdou da descendência do avô.
Ainda muito pequenino Apolinário fora abandonado pela mãe, e passou a ser criado à base de leite de cabra, pela avó materna. Mal sabia Dona Maria Paulina que aquele garoto estava predestinado pelo condão, a ser o grande e carismático líder dos gameleiros, e braço direito do “misterioso” Curador Pedro Batista. Um Conselheiro andarilho que pregava o bem e expulsava o mal, chegando a ser comparado com a própria encarnação do Padre Cícero. O encontro de Apolinário com o beato mudou completamente o rumo de seu destino.
Aquele Curador demonstrava ser um homem santo, que conseguia colocar a chama da fé, incrustada em todos aqueles que o cercava, provando para os romeiros, através dos milagres que realizava ser ele uma pessoa de Deus. A religiosidade romeira sempre fora muito explicita nos sertões, e Apolinário Domingos Neto, um cafuzo pernambucano numa terra inexplorada e completamente bravia, onde o perigo parecia estar de tocaia detrás de uma árvore.
Número de páginas | 277 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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