Um homem à sombra de seu destino passa-se nos Sertões de Sergipe e Bahia, e narra à saga de um magnânimo ativista sergipano. Carlos Soares de Menezes, Seu Carlinhos, de Lagoa das Areias. Filho primogênito de uma humilde família de agricultores que viviam mudando de ares com freqüência.
Quando seus pais saíram da Comunidade Augustinho, era ainda garoto, encontrava-se com apenas um triênio de vida. Depois da separação, a sua mãe o enviou para a casa do avô João Menezes. Entre seus 11 para 12 anos, antes de ir para casa da tia, Carlos morou sozinho por um período de seis meses. Passou necessidade. A comida era escassa. Fazia trabalho quando lhe davam em troca de alimentação. Porém nunca obteve coragem para pegar no que é alheio. Chegou a dormir em “Cama de Varas” com coberta de saco, tendo apenas uma roupa impar para vestir.
Aos doze anos emigrou para a Bahia, foi parar na fazenda caraíba Município de Pedro Alexandre aonde foi legalmente registrado. Neste período Carlos viveu quase que num regime de escravidão. Trabalhava na roça em troca da comida e moradia. Aos finais de semana se juntava com os tropeiros, com os quais distribuía variedades de mercadorias pelo Sertão de Santa Rosa Ermírio, Lagoa Redonda, Monte Alegre e Minuím.
Certa ocasião teve que atravessar o Rio Vaza Barris com sacos de farinha na cabeça para poder seguir viagem com destino a Pedro Alexandre onde distribuía todo o produto. Neste ínterim varia coisa lhe aconteceram, coisas boas e ruins, como por exemplo: conhecer novos amigos tropeiros, novas culturas e pessoas.
Não mais aguentando a solidão, casou-se aos 21 anos, aos 22 foi pai. No entanto a labuta de sofrimento e superação, sempre o acompanhou. Ao regressar ao sul da Bahia, para trabalhar de capataz, fora acusado, injustamente, de ladrão. A seca castigava, e não tendo alternativa, tornou-se “pinhão de trecho”. Até que sofreu um terrível acidente que o deixou acamado por 105 dias. Ali parecia que sua vida havia chegado ao fim, mas não. Quis o condão que ele chegasse até a Lagoa das Areias, e ali, a custo de muito suor e determinação, conquistou o seu império florestal, e nele construiu o seu habitat junto à sua amada mãe: a natureza.
Número de páginas | 334 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Couche 90g |
Idioma | Português |
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