Entre todos os livros do Novo Testamento, a epístola de Paulo aos Romanos tem um lugar de destaque: nenhum dos livros discute os fundamentos do cristianismo tão profundamente como esta epístola.
Após leituras e estudos, tomei a decisão de compartilhar parte das preciosidades que representam as riquezas do cristianismo arraigadas em meu ser, como a essência do evangelho de Jesus Cristo, capitulado por Paulo e transmitido a Roma e aos cristãos de todo o mundo.
Paulo reuniu em si muitos talentos que fizeram desta obra um documento importantíssimo dos ensinamentos cristãos. Esta obra abrange profundo conhecimento do Antigo Testamento, profunda erudição e grande talento do escritor. Por isso, toda a Epístola de Paulo aos Romanos sempre atraía a atenção, tanto dos cristãos simples como dos filósofos cristãos, e na antiguidade era chamada de "Segundo Evangelho". Talvez por esta razão esta epístola esteja colocada como primeira, na frente de todas as outras epístolas.
Como podemos perceber no conteúdo desta epístola, Paulo muitas vezes tentava pregar a fé cristã na capital do glorioso e poderoso império, mas sempre surgiram vários obstáculos. Naquela época, em Roma já havia considerável comunidade cristã. Consistia tanto de judeus convertidos como de romanos. Não sabemos ao certo como surgiu esta comunidade. É provável que antes do Nascimento de Jesus já havia muitos judeus em Roma e que alguns deles peregrinavam para Jerusalém por ocasião das grandes festas. Ao visitar Jerusalém durante a vida de Jesus, eles não puderam ignorar os grandes milagres Dele, bem como os Seus novos e sublimes ensinamentos. Assim, é muito provável que as primeiras sementes do cristianismo chegaram a Roma ainda durante a vida de Cristo na terra.
O livro de Atos relata que, por ocasião do Pentecostes no ano de 33 d.C., muitos peregrinos de diversos países, entre eles muitos de Roma, testemunharam a descida do Espírito Santo (Atos 2:10). Aproximadamente três mil pessoas influenciadas pelo sermão entusiástico do apóstolo Pedro foram batizados naquele dia, e alguns dias mais tarde, outros cinco mil foram batizados. Assim, a difusão do cristianismo ganhou desde o seu começo proporções gigantescas e a fé cristã começou a enraizar-se também nos países vizinhos - na Síria, na Ásia Menor, em Chipre, na Grécia, no Egito, etc. Isso tudo acontecia não só pela pregação dos apóstolos, mas também graças aos neófitos em Jerusalém, os quais, voltando para suas casas após a peregrinação, contaram sobre a nova e maravilhosa fé. Foi assim que o cristianismo chegou até Antioquia, conforme está relatado no livro de Atos (Atos 11:26). É muito provável que tenha sido praticamente logo após ter chegado até Roma. Podemos perceber pelas saudações do apóstolo Paulo, contidas no final da epístola que ele conheceu pessoalmente muitos dos cristãos romanos, e provavelmente tenha visitado em Jerusalém.
A carta não faz menção do lugar onde foi escrita, mas, com muita probabilidade, foi escrita em Corinto. Paulo esteve em Corinto pela primeira vez durante sua segunda viagem missionária, quando evangelizou a cidade. Permaneceu ali por um ano e meio (At 18,11) e retornou a Corinto durante a terceira viagem missionária, vindo de Éfeso e da Macedônia. Esteve na cidade por três meses (At 20,2-3) durante o inverno de 55/56. Nesse período, Paulo fez a coleta para a Igreja de Jerusalém (Ro 15,25-29). A probabilidade de que tenha escrito a carta aos Romanos nessa época é muito grande.
No começo do primeiro século, em Roma havia cerca de 50.000 judeus e 11 sinagogas . Originalmente, a comunidade cristã lá consistia quase que exclusivamente de judeus. Logo começou a aumentar de tal forma, que após algumas décadas, o número de romanos cristãos era maior que o número de judeus batizados. No começo, todos viviam em harmonia, juntos oravam e comungavam. Mas em meados do primeiro século começaram a surgir desentendimentos entre eles por causa da nacionalidade. Estes desentendimentos eram fomentados pelos judeus, que invejavam o sucesso da nova fé cristã e instigavam os judeus batizados contra outros, exortando-os a não se misturar com os cristãos que se converteram do paganismo. Eles chamavam estas pessoas de impuras e indignas de dividir a eterna felicidade prometida aos seus patriarcas. Estas artimanhas deram resultado, pois em meados do século I em Roma, houve
Número de páginas | 96 |
Edição | 1 (2017) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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