A primeira é tragicômica, a segunda, do gênero policial e a terceira, realismno fantástico. Não guardam relação de espécie alguma com as novelas da televisão. Procuro criar um suspense, em particular nessa última, logo no começo, como Hitchcock: o leitor é informado desde o princípio de que vai acontecer alguma coisa ou deixar de acontecer, mas ele sabe mais ou menos do que se trata e tem vontade de ir direto ao final para ver o desenlace. Ao começar a narrativa o leitor tem um vislumbre do possível desfecho, e então eu volto atrás no tempo e começo a contar a estória, e é aí que o leitor fica impaciente e tem vontade de ir direto ao final, para descobrir, mas nesse caso perde o melhor da estória, que é o miolo, o conteúdo mesmo do relato. O mais é aventura e emoção, drama, o drama das pessoas, as paixões humanas. Eu enxergo os personagens num contexto sociológico, e não falta crítica ao sistema, à sociedade de consumo, onde todos são consumidores, usuários, votos, dependentes químicos e vai por aí afora. Falei da bandidagem? Da corrupção? E violência, porque o mundo é violento. Além disso, na medida do possível, desenlaces inesperados, imprevisíveis, para o leitor se divertir. Minha intenção é prender a atenção do leitor do início ao fim da narrativa.
Acho que não consigo atingir o objetivo. Porque meus leitores continuam a ser, aproximadamente, nenhum.
Número de páginas | 394 |
Edição | 1 (2012) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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