114º livro do autor das séries "OLYMPUS" (13 volumes com 300 poemas em cada) e "EROTIQUE" (10 volumes com 50 poemas em cada.
Este é o 10º volume da série "EROTIQUE", com os poemas mais liricamente sensuais que já se viu.
Alguns trechos:
“Ao doce som de um bolero,
Tu te jogas sobre mim,
Como se tudo não fosse complexo,
E nem mesmo te importasse
Se eu te quero ou se não quero,
E me beijas, com tua macia boca carmim,
Encaixando teu côncavo em meu convexo,”
“Não escapei
Dessa apoteose de beijos
Indecentes, maravilhosos,
Que você me ofertou,
Faceira, irresistível,”
“E simplesmente amei
Cada um de seus abraços,
O seu jeito meigo de sorrir,
Pois somos idênticas metades,
Que se completam, nesses jogos sensuais...”
“Tu és a minha sereia,
Apenas uma em um bilhão,
A minha língua te saboreia,
Sentindo uma doce sensação,
Um beijo teu desencadeia
O amor que preenche esta canção...”
“Falo pouco,
Mas as palavras fluem
Através de meus dedos,
Nesse torvelinho louco,
Contando histórias que não se concluem,
Pois guardam ainda incontáveis segredos,
Jamais revelados ao mundo,”
“Beijos roubados
São inesquecíveis,
Quando correspondidos,
Lábios colados,
Línguas que se misturam,
Ligadas por linhas invisíveis,
Em momentos jamais esquecidos,”
“Nossas bocas vorazes
Devoram-se entre os lençóis
E ao ver do que somos capazes
Teus olhos brilham como dois sóis”
“Um dia é da caça,
Outro de quem a persegue
Com fogo no olhar,
Principalmente quando a primeira
Usa saia justa e blusa decotada,”
“Sem pressa percorro
Tuas colinas e vales
Sedentos,
Ardentes,
E ao final de cada viagem
Dessas explorações minuciosas,
Tu me olhas com amor
E me confessas chorando
Que não vives sem mim...”
“Minha carne é fraca,
E a ti submissa,
E quando à tua se atraca,
Esquecemos o que aprendemos na missa!”
“Nossas imagens cabem
Numa única foto 4x4
De tão intrinsecamente ligadas
Aos mesmos espelhos”
“Nesse dia tão belo,
Corro os meus dedos
Sedentos
Por teu sexo
Encharcado
De desejo,
E então te revelo
Doces segredos
E pensamentos:
Enxergo em ti o meu reflexo,
Como eu, por ti enamorado,
E nos mares de teu olhar eu velejo...”
“Nossos corpos são gramaticais:
Aglutinam-se,
Justapõem-se,
Pressupõem-se,
Aplicam toques linguísticos,
Sintetizam beijos,
Diretos e indiretos,”
“Um dia, eu me seduzi
Pela ilusão,
E deixei-me cair
Em seus braços,
Mas o fim dessa história
Já era bem conhecido,
E não haveriam finais felizes...”
“Irei te perguntar se topas
Ser a minha dama de copas
E eu o teu rei de espadas
Em exóticas madrugadas”
“Conheço o seu corpo de cor,
Cada centímetro, cada vereda,
Que exploro minuciosamente,
Provocando seu suor,”
“Mas, ainda que durem somente um verão,
E depois disto, invisíveis
Um ao outro para sempre fiquemos,
Aquelas lembranças são inapagáveis,
E em nossas mentes para sempre viverão...”
“Mas em alguma sinapse perdida
Nos recônditos de minha mente
Seus ecos ainda ecoam
O som de suas risadas
Aqueles beijos inebriantes
Nas noites mais frias
Brincando de explorar cavernas”
“Trocamos, sem pudor, carinhos e ternura,
Em doces batalhas até raiar o dia,
Meus beijos com sofreguidão você procura,
Enquanto o espelho estupefato nos espia,
Ao final de tudo, amor você me jura,
Nós dois, encharcados de amor e Poesia...”
“Corpos um ao outro costurados,
Emaranhados,
Por linhas invisíveis,
Tua boca em meus lábios sensíveis,
Queimando em fogo,
Incendiados por esse jogo,
Ardente, arrebatador,
Que ouvi dizer que chamam de amor...”
“E, quanto mais me concentro
Na delícia de teus beijos devassos,
Mais me sinto no epicentro
Da doçura de teus abraços.
E mais em tuas entranhas eu entro,
Estreitando ainda mais nossos laços...”
“Mas nunca é tarde
Para se descobrir o amor,
Ainda mais quando ele está por aqui,
Bem ao nosso alcance,
A poucos centímetros de distância,
Bastando um mísero toque das mãos
Ou uma troca de interrogativos olhares
Que revelem existirem sentimentos
Nos quais não se ousara acreditar...”
“Com um toque mágico de irreverência,
Com a qual na minha mente fotografei
Esse corpo perfeito, arrebatador,
Pois, ainda que minha alma fosse cega,
Ainda enxergaria através dessa vidraça,
Essa moldura da qual tornei-me refém!”
“Numa cama macia,
Entre lençóis de linho,
A inspirar-me Poesia,
Entre beijos frenéticos
E abraços apertados,
Êxtases poéticos
E prolongados,”
“Minhas células estão repletas,
Minhas sinapses de ti estão cheias,
Que fazer das lendas incompletas,
Se percorres ainda as minhas veias,
Sobre meus versos ainda te projetas,
Tantas doces lembranças permeias?”
“Quando me abraças,
Com os olhos cheios de promessas,
Usas minhas mãos submissas,
E, enquanto do meu corpo te apossas,
Observo teu êxtase, enquanto soluças...”
“Numa noite encantada
Entre sussurros e murmúrios
Prometendo outras noites inesquecíveis
Mesmo que sejam perjúrios
Mas encerrando esses momentos incríveis
Com um último beijo antes que amanheça
Para que nunca mais de ti eu me esqueça”
“Como se fôssemos oponentes,
E não antigos amantes,
Com memórias sempre presentes
Daquelas noites insinuantes,
Trocando fluidos e juras
Entre beijos e gemidos,”
“Atravessando madrugadas e auroras,
Explorando de você cada detalhe,
Por isto, como entender que esse ódio insano
De seu olhar simplesmente exale,
Como se você fosse deusa, e eu, simples humano?”
“Só um beijo seu não me basta,
Mas cada novo beijo é uma festa,
Levantando por muito tempo minha crista,
E minha devassidão é a resposta,
Em seus muitos êxtases, numa batalha nada justa!”
“Teus olhos marejados,
De amor encharcados,
Sugerem em minha mente pecados,
Nunca antes imaginados...”
“Quando meu corpo no teu eu encaixo,
Brilha ainda mais o teu olhar,
Teu violino e meu contrabaixo,
Entrelaçados nesse jogo de encaixar!”
“Nas areias de Marte
Sob o Sol do Saara,
Ou em outro lugar qualquer,
Eu te reencontrarei
E de novo te amarei,
Como acontece
Em todas as nossas vidas,
Pois assim está escrito
No Livro das Reencarnações...”
“E, de manhã, causo algum alvoroço,
Não por alguma marca vermelha,
Que se estende por todo o pescoço,
Mas pelo meu sorriso, de orelha a orelha!”
“O que nós dois temos
Não se explica
Em qualquer compêndio
Ou enciclopédia
Pois juntos fervemos
E isto não se publica
Pois pode propagar um incêndio”
“Sua voz é música para meus ouvidos,
Entorpece os meus sentidos,
Conduzindo-me docemente
Pelos poemas que habitam minha mente,
Extravasando-os, em ondas magnéticas,
Ao embalo de nossas noites frenéticas,”
“Em noites intermináveis,
Amando-nos até a alvorada,
O seu tudo e o meu quase nada,
Eternamente apaixonados,
O amor a jorrar de ambos os lados,
Um par imperfeito que se completa,
Uma deusa do amor e um poeta...”
“Através de noites sedentas,
Viciantes,
Tantalizantes,
Inesquecíveis,
Mentalizadas e refletidas
Nesses caminhos alucinantes
Que me conduzem até você?”
“Perguntei-lhe seu nome,
Só por desencargo de consciência,
Mas eu já sabia a resposta,
Só podia ser ela, Afrodite,
A mais sedutora das deusas,
Que tinha vindo a este mundo
Somente para arrebatar
Para seu mundo enfeitiçado
O mais apaixonado dos poetas,”
“E em cada encontro cheio de paixão,
Em que nossos corpos de beijos abusam,
Invento para ti uma nova canção,
Sobre teus lábios que nada me recusam...”
“Essas tuas coxas grossas,
Que safadamente me roças
Por debaixo da mesa,
Tripudiando de minha incerteza,
Provocam-me arrepios,
E, ao olhar os teus olhos bravios,
Onde bailam indecifráveis emoções,
Aproximam-se nossos corações,
Por causa desses sentimentos intermitentes,
Que entre nós dois circulam,”
“Não revelarei detalhes,
Dessas eróticas aventuras,
Nem dos suaves entalhes
De tuas coloridas pinturas,
Em elaboradas tatuagens
Por todo o teu corpo sedutor,
Nessas magníficas imagens,
Que me falavam de amor...”
“E, no momento em que te reconheci,
Fiquei a te olhar sem consolo,
Mas, quando a sorrir me olhaste,
Como se eu fosse a cereja do teu bolo,
Minha parca resistência derrubaste,
E, neste quebra-cabeça, surgiu a última peça,
Desaparecida por tempo demais,
Mas onde foi parar a inútil promessa
De que não voltaríamos jamais?”
“E eu lhe peço perdão, com os olhos marejados,
Mas não tinha certeza de que chegaria esse momento lindo,
Em que nós dois nos descobriríamos apaixonados,
Não sabia que era para mim mesmo que você se produzia,
E não imaginava ver seus segredos enfim desvendados,
Nessa linda noite, na qual descobri o amor e a Poesia!”
“Se as tuas aflições escancaras,
Sei muito bem o que queres,
Pois em meus desejos te inspiras,
E depois, usas-me por horas,
Nessas nossas doces loucuras!”
“Um terço de mim
Ainda te quer
(Mas o restante
Quer apenas distância)
Chegamos ao fim
Sem remorso sequer”
“Foi somente uma vez,
E depois nunca mais,
Toda aquela loucura,
Beijos incandescentes,
Toques não censurados,
Cadeados abertos,
Dos quais jogamos fora
Chaves e segredos,”
“We only have one night
To live our love,
Then, we'll will go in opposite directions,
And we'll never see each other again...
It's so little time, so many sorrows,
Then a winter with all the rigor,
For a beautiful love buried in the past,
Whose memory will never die...”
“E, na mesma hora,
Exatamente no mesmo instante,
Um verso foge de meu caderno,
Atrás de novas aventuras,
Ou de descobrir rimas estranhas,
Que juntas formem um poema,
E, solto no meio da noite abstrata,
Faz planos de se tornar eterno,
Narrando beijos e juras,”
“E tudo de repente
Parece fazer sentido,
E descubro a origem
Da profusão de versos em minha mente,
Pois essa visão celestial
Transgride
Todas as minhas normas,
E sua linda nudez,
Magistral,
Suavemente agride
Minha placidez
De todas as formas,”
“Mas nem só a minha carne é fraca,
E descobri que és levada da breca,
E que a atração entre nós nem Freud explica,
Pois surtaste ao te dar um beijo na boca,
E te arrepiaste, quando beijei tua nuca!”
Número de páginas | 111 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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