Eu admito, eu aceito, eu compartilho
a poesia “Israelense”;
fico decepcionado quando Israel joga
foguetes na faixa de gaza
matando 250 crianças palestinas,
numa temporada de retaliação.
Eu não sabia:
“o jugo pode ser desigual”.
*
A poesia sonora “Israelense” é barata,
por isso ele trás baygon para envenenar
cambadas de filhos da puta
que ele conseguiu excitar
fazendo pose para o espelho;
variando de posição,
ela grita pra caralho (a poesia)
kilowaths de informação.
**
A vovó poesia é uma puta,
a mamãe poesia é uma puta,
a poesia “Israelense” aderiu
à sagrada tradição, todo santo dia
uma puta provocante no colchão.
Natashas turcas, galinhas americanas,
kengas soviéticas, rameiras do sertão.
A poesia “Israelense” é anti-pragmática ,
Israel nunca vai sentar numa cadeira
da academia punheteira de letras.
Karide Rocha
Número de páginas | 77 |
Edição | 1 (2015) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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