Vivemos um tempo em que a inteligência artificial não é mais uma possibilidade futura, mas uma presença concreta — silenciosa e insistente — no cotidiano das escolas. Ela já respira entre os quadros e as carteiras, circula nas mãos dos estudantes, influencia decisões e convoca os educadores a novos posicionamentos. Diante disso, este livro não nasce apenas como uma análise técnica ou uma cartilha de aplicações. Ele nasce como um gesto ético, uma escuta comprometida e uma escrita insurgente.
Falo a partir do chão da escola pública brasileira, onde as urgências não se escondem: escassez de recursos, sobrecarga de trabalho, desigualdades estruturais e o constante tensionamento entre inovação e abandono. Neste cenário, sou professor, coordenador, sociólogo — mas, sobretudo, alguém que acredita que nenhuma tecnologia vale mais do que uma boa conversa entre seres humanos.
Por isso, esta obra é mais do que um estudo sobre IA. É uma defesa da escola como espaço de humanidade, um convite à reflexão crítica sobre como (e por que) usá-la. A inteligência artificial, por mais poderosa que seja, não substitui a escuta pedagógica, o olhar atento, o vínculo que se estabelece entre professor e estudante. Ao contrário: quando bem mediada, ela pode ampliar o raio da escuta, da presença e da justiça educacional.
Mas para isso, é preciso dizer sem medo: a inteligência artificial precisa ser educada antes de educar. Não se trata de terceirizar o processo de ensino, mas de integrar saberes, ritmos
ISBN | 9786501691398 |
Número de páginas | 100 |
Edição | 1 (2025) |
Idioma | Português |
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