Introdução ao Novo Testamento

Como pensar a Igreja sem o Novo Testamento? Como saberíamos da belíssima história da cruz se não fossem os quatro livros do evangelho? É difícil imaginar a vida da Igreja sem a presença do Novo Testamento, mesmo quase dois mil anos depois dele ter sido composto com os seus 27 livros. O Novo Testamento pode ser compreendido – e com justiça – como a base fundante da nossa fé, a fé cristã. E por isso também ele é muito importante.

Para fins didáticos, isto é, para facilitar a aprendizagem, costuma-se classificar os livros da Bíblia por grupos de assuntos. O Novo Testamento, assim como o Antigo, possui uma classificação própria. O Novo Testamento é geralmente classificado em quatro seções, como se pode ver a seguir:

1) Biografia, que se constitui dos quatro primeiros livros: Mateus, Marcos, Lucas e João;

2) História, o livro de Atos dos Apóstolos, pois narra a história da Igreja nas suas primeiras décadas;

3) Epístolas, seção esta que também é denominada de Doutrina, em função de seu conteúdo doutrinal, teológico e pastoral do Novo Testamento. Constitui-se de 21 livros, sendo a maior seção. E ela pode ser subdividida;

4) Profecia, trata-se do livro de Apocalipse.

Este livro foi organizado considerando essa classificação e busca oferecer informações sobre cada uma delas. Importa destacar que esta Introdução ao Novo Testamento não pretende ser uma espécie de Comentário Bíblico, uma vez que são obras com finalidades diferentes.

Na condição de uma breve introdução, esta obra reflete sobre questões como a estrutura literária, autoria, data da composição e objetivos dos livros do Novo Testamento, e não se ocupa de comentá-los, como fazem os Comentários Bíblicos. Oferece também informações relativas ao pano de fundo histórico, religioso e cultural do Novo Testamento que refletiram, em alguma medida, sobre a formação dos textos neotestamentários. Essa compreensão, inclusive, é um fator fundamental para a interpretação dos textos bíblicos.