Dois livros, duas vozes, um mesmo gesto de escuta e transformação.
Em Meu dia na outra terra, Handke reescreve o mito da possessão como eco poético de O Último Gravador, de Beckett: um pomicultor considerado possuído atravessa a aldeia, fala em línguas inexistentes, até ser liberto por um olhar que o reconhece. É um drama mínimo, feito de voz, silêncio e travessia.
Em Don Juan: narrado por ele mesmo, Handke retoma a figura lendária do sedutor, mas lhe dá uma inflexão inesperada: aqui, Don Juan não fala como mito, mas como homem que conta — em primeira pessoa — sua errância, seus encontros, sua solidão. Não há conquistas fáceis, mas o inventário de uma vida feita de passagens e de lembranças.
Juntos, esses textos revelam o escritor austríaco em duas vertentes complementares: o eco dramático e a narrativa de viagem interior, ambos movidos por uma atenção radical ao instante, ao olhar e à palavra.
Número de páginas | 168 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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