Tudo tem o seu tempo de maturação. Até o entendimento das coisas, a assimilação, a imanência delas em nós, como parte constitutiva do nosso ser, depende de um tempo de discernimento, de um tempo para apreciarmos as coisas, com o respeito e o valor que elas merecem. Tem coisas que não se aprendem de supetão. Não se decora as coisas essenciais. Elas precisam ser assimiladas. E essa compenetração vem paulatinamente, como o degustar um apetecível banquete.
No banquete da Vida há aqueles parcimoniosos e há os glutões. Há aqueles que apreciam as iguarias silenciosamente e há aqueles que falam aos borbotões e não degustam com sapiência. É preciso sentir antes de assimilar. A saciedade nem sempre é sinal de repleção salutar, pois o sobejo pode conter muito do que é desnecessário.
Num opíparo banquete há miríade de convivas. Alguns famélicos, alguns sedentos. Muitos sem saberem o cardápio. Há temperos, condimentos e especiarias para todos os gostos. Há música a se impregnar, se espraiando no salão prandial. Música para todos os ouvidos, e cada um ouve o que lhe apraz ouvir. Há Arte para todos os olhares e cada um olha o que apraz olhar. Há nas mesas Literatura e cada um lê o que apraz ler.
Haverá um tempo em que todos se respeitarão à mesa. Cada comensal respeitará o seu irmão ao lado. Não criticará seus gostos, não o olhará de soslaio e com desdém a sua postura à mesa, seus modos. Tão somente saberá se portar dignamente, vigiando sua própria postura e seus modos, para não constranger, melindrar ou perturbar o ambiente.
A Humanidade ainda tem muito que aprender nesse conjunto de cerimonial que deve ser observado no Salão Prandial da Vida. Mas sempre haverá um anfitrião para orientar o banquete. E sempre haverá um cicerone para mostrar o que há de importante onde se está ou onde se vai e dando as informações pertinentes.
A existência, a vida, pode ser comparada a vários salões de banquete.
Pois o que é a humanidade, o que é a sociedade, o que é a população senão grupos de indivíduos organizados ou irmanados por interesses ocupacionais ou ideais de aspiração intelectual, estética, espiritual, afetiva ou de qualquer ordem prática. Por conseguinte, representantes dessa humanidade, sociedade ou população. Indivíduos que apresentam afinidades, no caso, os neófilos, aqueles que têm apreço ao novo, às inovações e novidades, por extensão, buscando novas experiências, novos conhecimentos, estarão representados nessa obra de ficção.
Saindo do senso comum, desse conjunto de opiniões e modos de sentir que, pela tradição são infundidos aos indivíduos e aceitos como verdades e comportamentos próprios da natureza humana, os personagens dessa obra, através das suas próprias experiências insólitas, posto que contrárias ao costume, ao uso e as regras, buscarão tirar suas próprias conclusões, desvencilhando-se de todas as demais informações que até aquele momento receberam. Pois muitas sendo conflitantes entre si.
Eles aceitam o convite feito por uma entidade misteriosa, que lhes assegurou possuir os métodos, os instrumentos e as aparelhagens para a execução, o começo e todo o percurso da jornada particular de descobertas que tinham intenção de realizar. E tudo disponibilizado para a utilização conforme o talante daqueles que buscavam o fundamento de algo que era o objeto da sua busca, da sua curiosidade.
É possível que haja conspirações para encobrir verdades? Sim, é possível. É possível descobrir a verdade por nós mesmos? Talvez.
É possível que o que for aventado, qualquer ideia sugerida, não seja um disparate total e desplante sim seria alguém zombar, desdenhar ou motejar de qualquer possibilidade, pois tudo o que for experiência de alguém estará imanente na sua realidade e somente a esse alguém caberá qualificar essa experiência? Tudo é possível.
Essa não é uma novela de ficção científica. É uma novela fantástica. É uma novela de possibilidades. O que pode ser. O que pode acontecer. O que pode ser praticado, levado a efeito, enfim, executado.
Esse enredo fictício é dedicado à nossa faculdade de compreender, de pensar ou de conhecer. Pois o conhecimento liberta, causa satisfação e anima. O desconhecimento aflige a alma, ensimesmando-a em seu próprio sentimento de inabilidade, ignorância ou nescidade. Cada dia descobrindo algo de novo e especial. Através da leitura, bons livros, boas conversas, enfim, leituras instrutivas e conversação instrutiva. O prazer pleno, o deleite, consiste justamente nesse angariar mais luz ao nosso cabedal, esse conjunto dos bens intelectuais ou morais, que vamos amealhando, dia a dia. Dia após dia, aprendendo. A aprendizagem diária causa um grande prazer. Ao menos para alguns suscita esse prazer.
Nesse enredo experiências irão ir além do comumente vivenciado no dia a dia.
Todos nós, como seres existentes, estamos deificados em nossa própria presença. Cabe a cada um de nós deixar espraiar a deidade em nós por toda a parte, onde estivermos. Que maravilhas poderemos criar ou vislumbrar. As possibilidades seriam infinitas.
Esse é um dos pontos básicos, basilares, da novela que aqui se apresenta.
A mesma será dividida em uma série de livros em formato de livro de bolso. Cada livro será uma continuação do enredo, com enfoque em situações e personagens específicos, mas sempre em concatenação com a ideia central.
Número de páginas | 56 |
Edição | 1 (2018) |
Formato | Pocket (105x148) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |