O CAMALEÃO
Sempre fui um cara (digo um cara, em vez de “um homem”, porque descrever-me como tal poderia passar uma ideia de pessoa, que incorresse num inevitável non sequitur de análise psicanalítica. Seria mais ou menos como tentar criar uma palavra que não fosse tão povão como sovaco; nem tão elitista quanto axila, para definir a tal cavidade debaixo dos braços) chegado naturalmente aos debates internos e reflexivos acerca da condição do homem enquanto elemento capaz de mudar os rumos da sociedade em que vive, ou ser modificado por ela; percebam que existe nesse comportamento, mesmo não parecendo, uma luta de extremos, posto que os conflitos dessa escolha, por consequência natural, se estendem por questionamentos morais, espirituais, materiais e todos os outros “ais” que puderem ser pensados nas entrelinhas.
Por toda a minha vida entendi o homem como uma ave que tenta explicar-se em belezas e dores enquanto passa sem, naturalmente, ater-se do voo, independente das chuvas, ventos ou dias de sol, outrossim, e como complemento da primeira afirmação, nunca imaginei uma existência entre aspas, pois isso me obrigaria viver dentro de suas fronteiras. Posto isso, daremos um passeio rápido por essa minha tentativa final de encontrar-me no alto dessa favela encravada no meu coração.
ISBN | 978-85-924884-6-8 |
Número de páginas | 91 |
Edição | 1 (2018) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
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