Petrônio Portela Cunha, mineiro de Belo Horizonte, funcionário público estadual, trinta e poucos anos de casado, ficou famoso nos primeiros anos do século 20, simplesmente pelo fato de ser comprovadamente virgem. O fato de nunca ter tido relações sexuais com uma mulher, não sendo veado, aguçou a atenção e a estima da tradicional família mineira, que considerou tal fato, algo sensacional.

Numa sociedade de puladores de cercas, ser homem de uma só mulher, já seria o suficiente para ser merecedor de uma Medalha de Honra ao Mérito. Esse fato heróico despertou a ira da sociedade machista belorizontina, tornando-se assunto obrigatório, onde houvesse mais de uma pessoa.