Gabriel vive na periferia de uma grande cidade brasileira, onde as ruas são feitas de terra batida, os sonhos escapam pelos becos e a esperança insiste em morar nos detalhes: no cheiro do feijão com arroz, no som do pipa cortando o céu, na mão da vizinha que empresta açúcar e afeto.
Ele nunca falou. Não porque não pudesse, mas porque o mundo foi barulhento demais pra que ele se ouvisse. Depois que seu pai desapareceu numa batida policial e sua mãe passou a trabalhar dia e noite como diarista, Gabriel encontrou na laje da casa um velho caderno molhado de chuva e carvão de churrasco — e foi assim que começou a escrever silêncios.
Desenhava o que sentia, o que via, o que ninguém dizia: a ausência do pai, o medo da sirene, a força da mãe, o riso dos moleques na quebrada, os sonhos que Duda — uma menina que vendia sacolé pra ajudar em casa — contava em troca de desenhos.
Narrado pela própria esperança — que mora em cada brecha do concreto, em cada olhar que resiste — este livro é sobre um menino que não precisava de palavras para gritar verdades. E sobre o que acontece quando alguém, mesmo calado, escolhe deixar marcas que o mundo não pode apagar.
Este livro grita, mesmo em silêncio!
Número de páginas | 75 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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