A pandemia de Covid-19 trouxe um
silêncio global, forçado e inesperado, que
transformou as rotinas de bilhões de pessoas.
Esse silêncio, tanto literal quanto metafórico,
pode ser compreendido como um refúgio,
um espaço de introspecção e reclusão que
desafiou as convenções sociais e forçou a
sociedade a se confrontar com a solitude e o
isolamento.
No plano pessoal, muitos encontraram no
silêncio do confinamento uma oportunidade
para refletir sobre suas vidas, seus valores e
suas prioridades. A ausência de ruídos
urbanos, o distanciamento de aglomerações
e a suspensão de atividades diárias
proporcionaram um espaço raramente
experimentado na sociedade contemporânea,
dominada por uma constante sobrecarga de
informações e estímulos. Para alguns, esse
vazio se revelou um refúgio, uma chance de
reiniciar, repensar e, até mesmo, se
reconectar com aspectos pessoais e
espirituais negligenciados.
Contudo, o silêncio imposto também foi
um desafio profundo. Para aqueles que
viviam em situações de vulnerabilidade, a
falta de interação social, a ansiedade e o
medo do desconhecido criaram um ambiente
de angústia. O isolamento se tornou um fardo
pesado para muitos, especialmente para os mais velhos, as famílias com crianças
pequenas e aqueles que sofriam de
problemas de saúde mental. Nesse contexto,
o silêncio deixou de ser um refúgio,
tornando-se um espaço de solidão e
sofrimento.
Número de páginas | 77 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Capa dura |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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