"Ao atentarmos para o título desta obra, à primeira vista, imaginamos encontrar aqui um compilado de textos autobiográficos. No entanto, apesar da existência, hà fagulhas, de tais características identitárias desse gênero literário somos surpreendidos e até mesmo driblados pelo autor, desde o primeiro ao último texto.
Natanael Vieira, em seus escritos, desperta e instiga no leitor aquilo que foi tão propulsado pelo filósofo francês Renée Descartes, o pensamento crítico. Questões como a razão da existência humana e o porquê de suas ações, o reflexo dos acontecimentos mundiais (neste caso, a pandemia) na sociedade e o olhar para si são levantados e apresentados com uma linguagem simples e direta, quase que jornalística, o que facilita a compreensão e disseminação de sua mensagem.
Enquanto que os escritos prosaicos remetem a um estado iluminista da razão, seus poemas surgem sob a eminência da outra face do ser humano, a subjetividade; aquele que se debruça sob o alente das emoções e rasga o peito numa poética falando de suas paixões, medos e sobre um ser por quem nutre um "eterno" sentir platônico.
Ouso dizer que "Os gritos que não roubaram de mim" é uma obra magnânima que transcende a essência de seu autor e prescruta o que há de mais humano em nós".
ISBN | 9786500432121 |
Número de páginas | 135 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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