A discussão sobre o discipulado nunca foi tão grande como agora. Observando a história, não é difícil atestar que este tema tem grande relevância para os cristãos. No entanto, é necessário que a práxis do discipulado se torne evidente no crescimento do cristianismo, realidade esta que, às vezes, acaba por não ser exercida. Por esse motivo, levantar a discussão sobre o discipulado é tão necessário quanto relevante.
O discipulado, marca da obra de Cristo e mandamento à Igreja, precisa ser revivido por nossas comunidades. Apesar da práxis do discipulado estar latente na tradição cristã, tem sido interpretada de formas diferenciadas ao longo dos séculos. A variedade de interpretações do termo discípulo e discipulado, no contexto cristão, têm sido tão ampla que beira a banalização do termo. Na medida em que a interpretação do que deve ser o discipulado se distancia da significação teológica dada pela própria tradição cristã e também da função educativa, há, conseqüentemente, um enfraquecimento da identidade cristã na comunidade de fé.
A elaboração desta pesquisa, parte do pressuposto de que a prática do discipulado cristão deve ter princípios no que tange à teologia e educação cristã. O diálogo estabelecido entre a teoria (significação na teologia e na educação cristã) e a prática (forma como se pratica o discipulado em uma comunidade de fé local), torna-se o foco desta pesquisa. Pela dinâmica requerida pela práxis no que tange à reflexão da ação vivida e o diálogo estabelecido, pode, eventualmente, trazer reflexões também para outras significações teóricas.
No primeiro capítulo estabeleceremos fundamentos bíblicos que nos ajudarão a entender o significado do termo discípulo e discipulador, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.
No segundo capítulo apresentaremos uma introdução geral do que é o discipulado na Reforma protestante, e, de forma mais específica, a visão de discipulado segundo Martinho Lutero e João Calvino. A segunda subdivisão do capítulo traz a conceituação de Dietrich Bonhoeffer, oferecida em sua obra denominada Discipulado. Trata-se da obra mais substancial encontrada sobre o tema. Sua abordagem é ampla e traz muitos subsídios para a pesquisa como um todo. Em um segundo momento analisaremos a conceituação de Karl Barth, mais especificamente baseada em sua obra “Chamado ao Discipulado”.
No terceiro e último capítulo apresentaremos um estudo do discipulado na eclesiologia moderna e sua aplicabilidade referente aos modelos de discipulado utilizados até a atualidade. No primeiro momento veremos como era exercido o catecumenato e seu significado. Veremos também como este conceito sofreu mudanças, e como tem sido aplicado no decorrer do tempo.
Nossa caminhada tem a finalidade de fomentar novas reflexões quanto às ações pastorais que valorizam o discipulado no dia-a-dia, para que alcancemos o crescimento, porém, sem perdermos de vista a qualidade desse crescimento.
Número de páginas | 86 |
Edição | 1 (2013) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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