Piaçava

Em uma cidade marcada pela desigualdade, a fábrica de vassouras Piaçava ergue-se como símbolo de poder, ambição e medo. No comando, o enigmático doutor Paulo Mendes, homem de memórias amargas e desejos de vingança, mantém seus operários divididos entre o cabresto sindical e a violência de uma milícia secreta.

Quando o assassinato de um jovem operário e o desaparecimento de uma professora abalam a rotina da fábrica, a memória dos mortos passa a ser disputa de interpretações: para uns, exemplo de luta; para outros, ameaça silenciosa. Pequenos gestos de resistência crescem nas sombras, enquanto células violentass se articulam para conter qualquer mudança.

As tensões explodem em violência e fogo. Da fábrica restam apenas cinzas e ferro retorcido — metáfora cruel de uma sociedade incapaz de superar suas próprias contradições.