Retalhos: Fragmentos de Caminhos.
Contos e Encantos.
O brilho nos olhares. A beleza da alma. Toda a história é construída a partir das trilhas destes momentos.
Pedro Tito Almeida
Tempo: A Sutileza da Alma
A professora Clarice encostada na porta da sala de aula e seus olhares “perdidos” na imensidão dos cerrados das Minas Gerais.
Não sei exatamente por onde iniciar Retalhos: Fragmentos de Caminhos.
É bem provável que muitos de nós tenhamos histórias e mais histórias que foram contadas, escutadas e, outras apenas ouvidas. É fato que, infelizmente alguns, poucos é verdade, não tiveram oportunidades de serem protagonistas e escutadores*. No entanto, a “Luz dos Caminhos” é nosso primeiro olhar, nossas primeiras lágrimas [...].
Mas, eu, este humilde escutador e contador, por atrevimento, tomei a liberdade de construir através de “Retalhos Coloridos” [...], Fragmentos de Caminhos, uma Colcha cheia de vida e histórias. Você caro leitor, também é um escutador fantástico de Fragmentos de Caminhos, tenho certeza disto.
[...].
*Escutador: a arte de não apenas ouvir, mas, interpretar e participar das histórias contadas. [...] falar de Várzeas de Crioulos é remeter-se a momentos de uma Minas Gerais escravagista e, talvez às fugas de escravos de fazendas diversas, onde prevaleciam maldades de “senhores” e “senhoras” que se diziam donos e proprietários de vidas. Resultando em aglomerações de escravos fugidos próximos a um empório de secos e molhados de propriedade de um tal Coronel Pedrinho, que provavelmente defendia a liberdade, daí após algum tempo o nome Pedrinópoles, em homenagem a este coronel. Fragmentos de histórias da fantástica dona Eugênia.
São histórias e mais histórias. É impossível fugir delas.
Nos tornamos protagonistas a cada instante.
Nestes fragmentos, tantos caminhos foram “traçados” por diversas Marias, nome comum em inúmeras histórias da vida, Josés e outros [...]. Neste espaço tomo a liberdade de chamá-las de Sinhá Umbelina, de Vovó Vitalina, professora Maria Luzia, dona Eugênia, Sra. Ilda, Sinhá Aninha, professora Clarice, pai Joaquim e sua fantástica balsa [...]. Personagens ímpares, com suas histórias de vida, verdadeiros “retalhos coloridos”.
Belas colchas tecidas a partir de trilhas e trilhas.
Talvez, ou com certeza, este “Joaquim”, ícone de Retalhos: Fragmentos de Caminhos e, sua velha balsa, um tanto quanto esquecida nas memórias do tempo, mas, naqueles instantes permitia a ligação entre dois mundos e, as duas “pontas” da antiga BR-031 através do Araguari.
Tempos fantásticos, inesquecíveis [...], vividos de histórias. Na Sutileza da Alma, dimensões de saudades, alegrias, tristezas, lágrimas, sorrisos, nos pés
“descalços” pela terra batida, o toque de carinho a cada passo nas terras do “Pai Joaquim”, traços “apagados” pela chuva, pelo vento e pelo tempo [...].
Crer na imortalidade da alma é algo de extraordinário, de “eternidade”, pois, a presença física é temporária, no entanto, para as palavras escritas nas memórias, não existem “borrachas” feitas por mãos humanas capazes de apagá-las.
Estas são as saudades que proponho viver com você, caro leitor, nestas páginas de Retalhos: Fragmentos de caminhos.
Ao viver estas saudades, vamos “passear” com as palavras de Mário Quintana (1906-1994):
“Saudade é o que faz as coisas pararem no tempo”.
O tempo da alma é um sentimento presente.
Ou ainda: Como escreveu (viveu) Fernando Pessoa: “Às vezes ouço passar o vento; só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido”.
Talvez em um contexto um tanto quanto distante, Pessoa tenha vivido muitos fragmentos de caminhos
ISBN | 9786500754865 |
Número de páginas | 186 |
Edição | 1 (2023) |
Formato | 16x23 (160x230) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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