Teologia Sistemática

Ensino da palavra de Deus

Por Marcus Vinicius Barbosa Pereira

Código do livro: 346863

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Escola Bíblica - EBD, Teologia, Vida Cristã

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Sinopse

As Escrituras

Não se pode fazer teologia senão com base nas Escrituras Sagradas. Essa é a posição da Igreja cristã a partir da Reforma

Protestante. Lutero defendia a tese de Sola Escritura (a Bíblia é a única regra de fé e conduta para o cristão). Ao longo da

história, a Igreja Católica Romana criou dogmas (crenças tidas como certas e absolutas), abandonando gradualmente a

utilização das Escrituras Sagradas; isso a distanciou das verdades fundamentais ensinadas pelos apóstolos de Jesus.

Qualquer assunto de ordem doutrinária que não leva em consideração a declaração bíblica deve ser tachado como herético,

pois parte de fonte humana e ninguém tem autoridade para isso. As Escrituras (e somente elas) têm autoridade para

fornecer as informações necessárias sobre os temas da doutrina cristã.

A Razão

Deus nos fez seres racionais, e esse é um dos aspectos que nos torna semelhantes a Ele (Gn 1.26). Então, é natural que o

homem absorva o conhecimento das questões doutrinárias por meio da razão. Apesar disso, muitos buscam, na fé, algo que

os faça sentir, mas não se mostram interessados em compreender. É verdade que a fé inclui também as emoções, mas não

se estriba nelas. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas” (Jr 17.9). Por outro lado, somos exortados a usar a

razão para darmos explicação da nossa fé: “antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre

preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”

(1 Pe 3.15). A mente humana está sempre ávida por compreender o sagrado e nunca está satisfeita com o que sabe,

sempre quer mais. Essa sede por compreender é saudável à medida que coloca o homem no caminho do aprendizado;

porém, torna-se perigosa quando entra pelo caminho da especulação.

Por exemplo, o homem pode ter conhecimento dos atributos de Deus, mas não pode compreender Sua mente. Não temos

capacidade para entender a relação entre a onisciência divina (pela qual Ele sabe sobre tragédias futuras) e a Sua bondade

(por intermédio da qual poderia evitar tais tragédias). Um assunto não tira o lugar do outro. Deus não pode ser comparado

ao homem que ou é uma coisa ou é outra – ou pode uma coisa ou pode somente outra. “Porque os meus pensamentos não

são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são

mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos,

mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55.8,9). Desse modo, cabe ressaltar que a razão deve trabalhar no sentido de

elaborar a doutrina a partir da revelação (as Escrituras Sagradas) em conjunto com a revelação natural, a tradição e a

experiência, a fim de organizá-la, distinguindo cada assunto por sua ordem e importância. Há diferença entre conhecer e

compreender.

Conhecemos muitos fatos relativos a Deus. Concebemos o divino como algo grande, ilimitado, inigualável, acima de tudo

e de todos, e fazemos isso por generalidade, ou seja, entendendo que, para ser Deus, Ele tem de ser alguém assim; mas,

quando começamos a perscrutá-lo, a mente se sente desafiada a compreender como se dá esse processo, algo semelhante

ao que acontece quando observamos a vida e assistimos à reprodução e ao crescimento dos seres e dos vegetais. Contudo,

compete um grande desafio à razão: julgar a credibilidade de uma revelação. A razão julga e decide o que é possível e o que

é impossível. Assim tem sido em relação às ciências; a razão exige comprovações. Um fato é científico depois de mostrar

comprovações por meio de experimentos considerados suficientes. Do mesmo modo, a razão faz exigências quanto aos

fatos relacionados à fé: o que pode ou não ser crido: “Somos, consequentemente, não só autorizados, mas obrigados a

declarar anátema umapóstolo ou anjo celestial que porventura nos conclame a receber, como revelação de Deus, algo

absurdo ou mau ou inconsistente com a natureza intelectual ou moral com a qual nos dotou”.2

Características

Número de páginas 445
Edição 1 (2020)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 75g
Idioma Português

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