Ítalo voltou pra casa e estava mais sozinho do que nunca. Uma ilha de carência rodeada por ausências de todos os lados. Quando perdia as estribeiras e reclamava publicamente que ninguém gostava dele, sempre lhe repreendiam e listavam todas as pessoas que achavam-no super legal. Legal o caralho! Só simpatia secundária! Ninguém entendia! Não era sobre isso que ele estava falando! Do que sempre falou. Foi sempre um pedido tácito de afeto. Afeto exclusivo, e não desses por atacado. De alguém que desmarcasse os outros compromissos pra passar algum tempo com ele. De alguém que, entre todas as pessoas do mundo, tivesse por ele um afeto particular. Que o chamasse de melhor amigo, ou namorado, ou filho, ou qualquer coisa que não se deixa em segundo plano por padrão.
Número de páginas | 57 |
Edição | 1 (2015) |
Formato | Pocket (105x148) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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