Este livro de estréia da poetisa itabaianense Luciana Araújo trás a marca indelével da força da mulher. Da mulher guerreira que luta diariamente pelo bem estar de seu lar; da mulher sonhadora que canta seus encantos e suas desilusões pela vida; da mulher nostálgica que canta sua saudade pelo tempo de sua infância; da mulher negra que luta contra o preconceito, sentindo orgulho da sua cor; e da mulher telúrica que canta seu grande amor por sua terra natal — sua querida Itabaiana.
Não subestime a força da poesia de Luciana Araújo, pois a sua fragilidade engana. Seus versos, às vezes em tom de canção, às vezes em tom de reflexão e desabafo, sempre trás o carimbo, a marca de quem veio não apenas para deixar suas pegadas na areia, mas para abrir caminhos e construir pontes.
Luciana é a timoneira de sua própria embarcação, sempre pronta para navegar pelos mares dos sentimentos.
“No mar dos meus sentimentos
Deságua a minha emoção;
Navegam os meus pensamentos
Nos rios do coração.”
E como uma enchente do Rio Paraíba, com sua força inundando toda a várzea em sua frente, como fosse um dilúvio, é que nascem seus poemas:
“Dilúvio de poemas,
Não consigo controlar,
Não há quem os prendam,
Nem quem os faça calar.”
E assim segue a capitã de seus versos até desembarcar num porto seguro, num torrão de paz, terra de tantos artistas e que lhe inspiram poesias:
“Berço de Zé da Luz, de Sivuca,
E de tantos outros artistas,
Que chega marejar a vista
Quando seu nome escuta.”
Sem dúvida, Itabaiana é sua principal fonte de inspiração:
Tua historia é minha arte,
Minha vida é tua parte,
Que te entreguei em poesia.
Luciana sabe que a poesia é seu destino e que o encanto pelo mundo das palavras lhe matem presa:
“Presa pelos meus poemas,
Pelos meus versos, acorrentada;
As minhas frases me condenam,
E as palavras me mantém aprisionada.”
Mas ela também sabe que a poesia é libertadora:
“Não ocultarei nem mais uma linha,
Eu não quero ser rainha,
Mas farei o que me importa.
Posso ser eu finalmente,
Libertei-me das correntes,
Sinto-me viva, não mais morta.”
E livre de todas as amarras ela luta por seus direitos:
“Não me venha com preconceito,
Com desculpa esfarrapada,
Sua ideia é retardada,
Hoje sei o meu direito.
Minha cor é alegria,
É força em demasia,
É história, amor e fé...
Dos escravos sou descendente,
Essa é minha gente,
Sou negra, sou mulher!”
Esta é Luciana Araújo! A mais nova poetisa Itabaianense que, creio, com seu Universo de Emoções chegou para fazer história na literatura paraibana e brasileira!
Que Deus continue lhe abençoando grandemente!
*Antonio Costta
(Poeta, Escritor e Artista Plástico)
ISBN | 5800132159608 |
Número de páginas | 104 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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