Em “A mão e a luva” percebemos claramente a tônica dos romances dos anos mil e oitocentos (século XIX), ou seja, a ascensão social através do casamento, geralmente por interesse e nunca por amor verdadeiro. No texto citado temos: Guiomar, jovem de origem modesta que vê no matrimônio uma forma de ascensão social. Três pretendentes: Estêvão (o protótipo do herói romântico) sonhador, sincero e previsível; Jorge, primo de Guiomar, superficial, preguiçoso, vive a custa da família; e Luís Alves (“único com nome e sobrenome”) ambicioso, astuto e político no sentido real da palavra (primeiro candidato e depois deputado). Após uma pequena complicação (a baronesa, uma espécie de mão adotiva de Guiomar quer vê-la casada com Jorge, mas “induzida” por Mrs. Oswald, sua dama de companhia, “consente” o casamento com Luís Alves, fato apreciado por Guiomar). Realiza-se o casamento entre Luís Alves e Guiomar (é o encontro da mão com a luva) como está no último capítulo do romance (“... Guiomar, que estava de pé defronte dele, com as mãos presas nas suas, deixou-se cair lentamente sobre os joelhos do marido, e as duas ambições trocaram o ósculo fraternal. Ajustavam-se ambas, como se aquela luva tivesse sido feita para aquela mão.”).
Número de páginas | 145 |
Edição | 1 (2010) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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