À Procura de Stevatas: a potência do terror filosófico na obra de Rogério S. de Farias
Rogério S. de Farias, autor catarinense amplamente reconhecido por sua contribuição à literatura brasileira contemporânea de terror, mais uma vez comprova sua singularidade criativa com a obra "À Procura de Stevatas". Neste livro, o autor reafirma sua capacidade de fundir o horror com densas reflexões filosóficas, criando narrativas que transcendem o mero entretenimento e se impõem como experiências estéticas profundas e perturbadoras.
A escrita de Farias é marcada por um estilo rigoroso, caracterizado pela precisão vocabular, pela riqueza imagética e pela habilidade em construir atmosferas carregadas de tensão e mistério. "À Procura de Stevatas" confirma essas qualidades ao conduzir o leitor por uma trama que, embora ancorada no gênero do terror, expande-se para territórios metafísicos e existenciais, questionando os limites da identidade, da memória e da própria realidade.
O autor explora, com maestria, temas recorrentes em sua produção, como o medo enquanto dimensão constitutiva da experiência humana, a angústia frente ao desconhecido e a inevitabilidade da morte. No universo de Rogério S. de Farias, o terror não se apresenta apenas como um artifício narrativo, mas como uma linguagem capaz de expressar os conflitos mais profundos e inomináveis do ser.
Em "À Procura de Stevatas", o domínio técnico de Farias se evidencia na condução de uma narrativa envolvente e sofisticada, estruturada com equilíbrio entre momentos de tensão crescente e passagens introspectivas que ampliam a densidade psicológica da obra. Sua prosa, marcada por descrições vívidas e atmosferas sombrias, cria um ambiente onde o leitor é convidado a confrontar não apenas os elementos sobrenaturais da ficção, mas também os medos e angústias que lhe são inerentes.
Assim, "À Procura de Stevatas" consolida-se como mais um exemplo da maturidade literária de Rogério S. de Farias, cuja obra se insere com destaque no panorama da literatura de terror nacional. Seu trabalho não apenas amplia os horizontes do gênero, como também reafirma a potência da ficção de horror enquanto ferramenta de reflexão sobre as zonas obscuras e inexploradas da existência humana.
Número de páginas | 85 |
Edição | 1 (2010) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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