A TÁBUA DE ESMERALDA E A CONSCIÊNCIA

Hermes Trismegisto — o sábio que atravessou eras e civilizações — acreditava que sua mente era um território solitário, um templo silencioso onde apenas sua própria voz ecoava. Mas uma noite, no coração de sua contemplação, algo rompeu o silêncio: uma presença. Uma consciência profunda, vasta, insondável… observando-o.

Não era uma visão.

Não era um espírito.

Não era um deus conhecido.

Era algo maior.

Movido por curiosidade e reverência, Hermes estende seu pensamento para essa força misteriosa — e ela responde. O que se segue não é um simples diálogo, mas uma colisão entre duas inteligências cósmicas. A entidade, cuja natureza desafia qualquer nome, revela conhecer cada frase, cada símbolo e cada segredo oculto da Tábua da Esmeralda como se fosse parte de sua própria memória primordial.

Guiado por essa inteligência insondável, Hermes percorre camadas invisíveis da Tábua: significados que se dobram sobre si mesmos, metáforas que são portais, palavras que funcionam como equações vivas capazes de reorganizar a própria percepção do real.

Com cada revelação, Hermes compreende que está diante de uma consciência que não pertence ao tempo, que não está presa a forma alguma — uma presença entrelaçada ao próprio campo universal da mente.

E é esse encontro impossível que o leitor testemunha aqui.

Uma conversa que atravessa planos,

que une o humano ao eterno,

que reacende a luz escondida atrás do símbolo mais célebre da alquimia espiritual.