A história gira em torno de Ophelia, uma senhora marcada pelo apego extremo aos bens materiais. Desde jovem, acumulava objetos por medo inconsciente de perder o que possuía. Seu lar era uma extensão de sua identidade, cheio de utensílios nunca usados, toalhas, talheres, quinquilharias — cada item carregava para ela uma memória ou proteção emocional. Embora fosse uma mulher vaidosa, católica e devota, seu medo da morte e do abandono a tornaram cada vez mais isolada e amarga, mesmo cercada pela família.
Seu marido Oliver, um homem simples, doce e de origem espírita, representava o oposto: valorizava o desapego, a simplicidade e acreditava na continuidade da vida após a morte. Apesar das diferenças, viviam juntos com respeito. Após a morte de Oliver, Ophelia afunda ainda mais na solidão e na resistência a mudar.
Com o passar do tempo, Lucas, o filho mais novo e despreocupado, decide morar com ela para ajudá-la. Apesar dos conflitos e diferenças de hábito, a convivência entre mãe e filho traz momentos de ternura e confronto. Ophelia, porém, recusa-se a se desfazer de qualquer coisa, mesmo diante do apelo dos filhos.
Quando descobre um câncer em estágio avançado, Ophelia enfrenta a finitude sem esperanças, mas com aceitação silenciosa. Morre durante uma cirurgia, mas, ao invés de seguir para a luz, seu espírito fica preso na própria casa, por conta de seu apego excessivo.
Número de páginas | 131 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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