Retratar o universo feminino em sua grandeza e complexidade é um enorme desafio para qualquer artista. As mulheres se dividem em múltiplas tarefas e funções: são mães, donas de casa, esposas, filhas, amantes, profissionais, independentes, sozinhas, com família. O papel social que assumem é apenas mais uma das exigências da sociedade, pois é o estado civil das damas que determina o caminho e as escolhas que elas fazem e precisam, constantemente, fazer.
O livro “Damas em Jogo” busca captar o destino que cada mulher dá à sua vida, influenciada pelo estado civil que assume. Nesse misterioso e complexo jogo da vida, as mulheres são representadas pelas Damas do baralho e cada estado civil é identificado por um naipe:
A Dama de Copas representa a mulher solteira que luta pela independência sem perder sua feminilidade. Acredita em grandes amores, mas não é essa sua principal preocupação. A mulher casada se identifica com a Dama de Paus, cujo símbolo é uma árvore, pois seu foco é a família. Sua luta é garantir harmonia e bem estar a quem ama e a si. A Dama de Espada é a mulher separada que precisa se reerguer da separação, enfrentar a partilha, as brigas financeiras, a guarda dos filhos. Por fim, a Dama de Ouros representa a mulher viúva. Essa dama enterrou seu valete e do luto necessita tirar a força para recomeçar. É o duro trabalho de guardar as coisas do amado, recordar, chorar a saudade e enxugar as lágrimas para continuar.
São 24 histórias divididas em quatro capítulos. Os contos retratam os problemas, sonhos e a força que as mulheres buscam dentro de si para recomeçar. O livro não tem fundamento feminista e nem reclama o papel da mulher na sociedade.
Para abrir cada capítulo, escolheu-se uma obra de arte. Os capítulos são formados por uma introdução e seis contos. A introdução faz uma reflexão sobre o estado civil da dama e os prazeres e dificuldades que essa escolha trouxe e traz para sua vida. No caso da viúva, em especial, apresentamos uma breve evolução histórica do papel da mulher no século XX com seus avanços e vitórias.
O primeiro conto de cada capítulo é uma autobiografia de quem narra as outras histórias e por isso é mais longo e complexo com várias outras narrativas que se enredam em torno da personagem principal.
Os cinco contos seguintes são histórias mais objetivas, narradas em terceira pessoa. Um problema específico torna-se o fio condutor de cada história. Diante dele, a dama assume o controle de sua vida para resolvê-lo e recomeçar.
Os conflitos escolhidos fazem parte da vida de muitas mulheres, como o alcoolismo, a violência doméstica, a homossexualidade, a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis pelo marido, o ciúme exagerado, a solidão, a promiscuidade, entre outros.
Todos os contos são introduzidos com uma frase de grandes escritores ou pensadores que reflete o sentimento da personagem principal e finalizados com uma música de compositores brasileiros que sintetiza a jornada da personagem.
Outras frases e trechos de músicas foram incluídos em alguns contos por agregar valor à personagem e à história.
O livro também segue em ritmo crescente à medida que os problemas e dificuldades vão aumentando pelo estado civil em que se encontra a Dama. Dessa maneira, temos a rotina da solteira para garantir seu espaço na sociedade sem a cobrança de um marido ao seu lado; o altruísmo da dama casada em viver muito mais para a família do que para si e tentar manter a cumplicidade da vida a dois; a batalha da separada em se reerguer e provar que pode viver e ser feliz novamente sem usar os filhos contra seu ex-valete; e a dor do luto da viúva para recomeçar sua vida após o velório do seu amado.
Número de páginas | 430 |
Edição | 1 (2010) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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