Os textos que compõem esses "Diálogos Inesperados..." foram concebidos por acreditar que ser escritor no Brasil está se tornando algo muito mais complicado que nos tempos do Álvares de Azevedo, quando a expectativa de vida não passava dos 30 anos. Contos e crônicas que fazem parte de uma ousadia e de uma parceira que se aglomeram por todas as 26 histórias que compõem essas ficções letais, por uma lente de literatura de gênero meio ressentida com essa realidade que reduz a verve humana em legenda de um filme Classe B, e nada mais. Textos rigorosos como "A Decadência das Máscaras"; afiados como "Por Dentro da Perfeição"; feministas em "Memórias Póstumas de um Matrimônio"; panfletários em "A Pasta Quebrada"; eróticos em "A Mulher do Melhor Amigo"; intimistas em "Amar Sozinho é o Pior dos Pecados" e de lógica interna muito bem elaborada, como é o caso de "Interrupções". É drama, comédia, verdade e farsa. Chulo e erudito, dependendo da página, do parágrafo, da frase, da palavra que se leia. E, nessa aptidão em escrever o escárnio dos seres (humanos), temos nossos neurônios incompatíveis aos refrões monossilábicos do pagode pós-moderno, e foi decisiva e efetiva na busca pela inspiração que pairou sobre diversos olhares, e sobre esse admirável objeto de sedução que é o ato solitário de escrever.
Número de páginas | 196 |
Edição | 2 (2015) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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