No coração de uma vasta savana, onde as árvores se erguem como sentinelas do tempo e os rios serpenteiam com a sabedoria das eras, os animais viviam em um equilíbrio harmonioso. Neste mundo, cada animal era adornado com cores vibrantes que não apenas os embelezavam, mas também carregavam um significado profundo — as cores do comando.
Kiano, o leão com uma juba azul intensa, era o líder reconhecido da savana. Sua cor simbolizava lealdade e honestidade, traços que todos em seu reino respeitavam e seguiam. Na clareira sob a árvore sagrada, ele reunia frequentemente os animais para discutir os assuntos do reino.
Ao seu lado, sempre estava Ara, a raposa de orelhas vermelhas. Suas cores falavam de astúcia e paixão, características que a tornavam uma conselheira indispensável para Kiano. Enquanto isso, Tumaini, o elefante de presas amarelas, caminhava calmamente entre os animais, um símbolo de sabedoria e apoio.
Numa noite tranquila, enquanto as estrelas pintavam o céu de mistérios, os mais velhos contavam aos jovens a história da origem das cores. “No início dos tempos,” começava o velho babuíno de sobrancelhas brancas, “a força maior que criou todas as coisas deu-nos as cores como lembretes das nossas obrigações. Cada cor em nosso corpo reflete um mandamento que devemos honrar.”
Cabeças azuis deveriam sempre manter a verdade, orelhas vermelhas deveriam escutar com coragem, e presas amarelas deveriam sustentar os que precisavam. Mas não era apenas um dom; era também um desafio. A desobediência a essas leis era visível para todos, pois as cores mudavam para tons sombrios quando um mandamento era quebrado.
A savana não estava livre de conflitos. Certa vez, uma jovem gazela questionou por que precisavam seguir essas regras. “Por que minhas patas são pintadas de verde, simbolizando a esperança, se vejo tanta incerteza à minha frente?” ela indagou em uma reunião.
Kiano, com sua voz serena, respondeu: “As cores nos guiam, não apenas como leis, mas como lembretes de quem somos e quem podemos ser. A incerteza faz parte da vida, mas a esperança em suas patas lhe dá força para enfrentá-la.”
À medida que a noite se aprofundava, o velho babuíno olhou para as estrelas e murmurou uma premonição que apenas o vento noturno pôde ouvir: “Mudanças estão vindo, mudanças profundas que testarão as cores em nossos corpos e corações.”
Assim terminava a noite, com cada animal refletindo sobre as palavras e as cores que carregavam. Eles não sabiam ainda, mas a savana estava à beira de uma era de transformações que traria tanto desafio quanto redenção.
Número de páginas | 30 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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