Entre a Cruz e o Arco-Íris

Fiquei surpreso com a intensidade de emoções que eu vivi, lendo-o. Chorei em algumas partes, perdi literalmente o fôlego e ri sozinho em outras. Adorei a forma como o autor relatou a diversidade de idéias e estilos de vida, os conflitos entre os diferentes, a possibilidade de tolerarem-se uns aos outros.

‘O Mundo Maravilhoso de Michê’... Terminar a leitura foi um prazer, um prazer angustiante, na verdade. Um sentimento semelhante ao que a gente sente quando um parente ou amigo amado vai fazer uma viagem e a gente não tem certeza do seu retorno. Só posso parabenizar o autor por tão grande sensibilidade ao construir, de maneira tão convincente, um mundo fictício, fazendo-o tão delicioso, crível e estimulante. Não me lembro de jamais ter lido um livro que tenha me dado tanto prazer.

A sensação ao término da leitura do livro foi de vazio mesmo... tipo ‘que pena que acabou’. Eu comentei que estava levando os personagens para cama e realmente, eu sonhava com a trama, acordava à noite e pensava no que estaria por vir... já disse antes, que achei tudo muito envolvente, contagiante... sentia as vitórias do Michê como minhas também... Foi triste quanto acabou... Será que vai ter segunda parte?

2. Os problemas de comunicação entre o Pastor Hélio e o Michê (Michael) são hilarios, principalmente para mim que venho deste meio. Michê é uma pessoa comum, com defeitos e qualidades, que, quer achemos isso bom ou não, é gay também. Essa questão está acima de valores e do "bem e do mal", a gente perde este ponto no meio do livro. Sua opção sexual torna-se irrelevante. A verdade é que o livro tornou-se um prazer, e terminar de lê-lo, quase uma obsessão. Ótimo, excelente, é o que posso dizer.

Acabo de ler o seu livro, de lágrimas aos olhos, pelos 2 últimos capítulos. Está de parabéns por todos eles, pelo livro na sua totalidade. Michael é, realmente, o herói da história, no sentido da nobreza dos seus sentimentos, da generosidade das suas atitudes, da elevação dos seus propósitos, em relação às pessoas com quem interagiu, o que o torna um personagem recomendável e exemplar. Do ponto de vista da concepção e da execução do texto, nota dez.