No País Cinzento, a burocracia virou religião e a memória, papel descartável.
O Ministério dos Sonhos Públicos vigia cadernos, formulários e redações, podando qualquer passado que não combine com o slogan oficial de um “Futuro Brilhante”. Ainda assim, algumas histórias insistem em escapar pelos cantos.
Jonas carrega na palma da mão a rachadura que ganhou ao trocar a ficha do irmão por uma redação proibida sobre um Armário no fim do corredor. Seu caminho se cruza com o de Carmem, que envia ao Ministério um caderno rural onde o espelho devolve a vida em “Segundo rascunho”, e com Bia, que comanda às 3h13 um canal clandestino para remixar os arquivos que nunca deveriam ter vazado.
Enquanto os relatórios se acumulam, o Inspetor Salvatto — um burocrata exausto — hesita diante do último dossiê que pode fechar todas essas vozes.
A resistência explode na Encruzilhada dos Sonhos, onde o Tambor ancestral enfrenta a Caneta do Estado. Um livro sobre o instante em que o seu sonho vira processo, protocolo, caso arquivado.
Porque a única forma de matar uma verdade não é queimando os papéis.
É fazendo todo mundo parar de contá-la.
| Número de páginas | 149 |
| Edição | 1 (2025) |
| Idioma | Português |
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