Este livro não tem uma história linear. Tampouco possui um enredo que se curva às exigências do tempo ou da lógica. Aqui, cada capítulo é um sopro, um vestígio, uma peça que pertence a um quebra-cabeça que não deseja ser resolvido. Trata-se de uma geografia de afetos, memórias, desejos e silêncios. Fragmentos. Mas não se engane — são esses pedaços que, justapostos com delicadeza e verdade, compõem o mosaico intenso da vida de Miguel.
Miguel é professor de literatura. E como todo homem profundamente atravessado pelas palavras, vive a tensão entre o que se pode dizer e o que apenas se sente. Ele tenta entender o mundo pela linguagem, mas constantemente esbarra no limite das frases, nos vãos entre os significados, nos silêncios que nenhuma gramática abarca. Há em Miguel uma sede por compreensão — não apenas dos livros que leu, mas dos encontros que teve, das perdas que o moldaram, dos amores que o despiram, das solidões que o definiram mais do que qualquer companhia.
Este livro é o diário não escrito de um homem que tentou ser inteiro com o que lhe restava: pedaços. É uma narrativa que não segue linha reta porque a vida, como bem sabemos, raramente caminha em linhas. Em vez disso, avança em espirais, em desvios, em retornos. Miguel é um personagem que carrega a beleza dos que já caíram muitas vezes e continuam caminhando — não por esperança, mas por instinto.
ISBN | 9798283025278 |
Número de páginas | 87 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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