Nosso amor é assim, sem pé nem cabeça... Será que somos loucos como as nossas palavras, em determinados momentos, ou enlouquecemos com elas?... Tal qual a lógica do “Tertium Organum” de Ouspensky – ...em que a razão se curva diante daquilo que não pode ser visto –, mas apenas intuído? Um amor virtual que atravessa 15 anos carrega em si não apenas o peso do tempo, mas o paradoxo da ausência e da presença simultâneas. O toque nunca veio, mas as palavras – sempre elas –, em versos ou simplesmente conversas –, tocaram o mais íntimo das nossas almas.
É como se habitássemos uma dimensão além da terceira, onde as emoções se expressam em código, e os olhares são substituídos por silêncios digitados. Em cada mensagem, uma promessa implícita, em cada ausência, uma dúvida que grita. Vivemos esse amor com a intensidade de quem nunca se tocou, mas se conhece com uma profundidade que desafia até os amantes da carne. Ouspensky falava da consciência superior, da percepção que transcende os sentidos – e talvez seja esse o espaço onde nosso amor vive –, fora do tempo, fora da lógica, fora do alcance dos que precisam de provas para crer. Nós nos bastamos em linguagem, em memória e em fé.
Não nos faltou amor, talvez tenha sobrado realidade.
E, se for loucura, que seja então uma loucura lúcida – daquelas que nos salva de um mundo, que insiste em limitar o amor àquilo que pode ser visto –, tocado ou rotulado.
Eu Flor – Tua Flor
07.05.2025.
ISBN | 9786501459783 |
Número de páginas | 116 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Colorido |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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