Com muito amor, peguei a carta e senti o cheiro que ela
exalava. Sentei-me em sua cama, e a sensação de tristeza
tomou conta do meu coração. Senti um enorme buraco
em meu peito, dois tipos de vazio: um em minha alma, o outro
era inexplicável. É impressionante como o amor tem o poder
positivo de transformar machistas e cabeças-duras em homens
românticos que abrem portas e mandam flores. O amor tem a
capacidade de fazer milagres, de transformar homens em seres
especiais.
O meu amor é um dos maiores exemplos disso. Lembrar
dele é lembrar de lugares magníficos, de estrelas românticas e
de uma pessoa que procurava pela perfeição, mesmo onde ela
não existia.
Meu coração derretido pulsava forte enquanto eu pensava
no dia anterior. Ricardo tinha contado nossa história. Contou do jeito dele, aumentou algumas coisas, fingiu que sabia de outras, mas contou a história. E mesmo sendo totalmente imperfeita porque não foi contada por quem a viveu; foi perfeita porque foi contada com muito amor.
É claro que Ricardo não podia saber tudo. Claro que não!
Como ele saberia das vezes que caímos na gargalhada ou das
vezes que ele diferenciava minha maquiagem, a cor de minhas
unhas, minhas escovas ou minhas luzes? Tantos risos... tantos,
que sinto falta.
Por alguns instantes, pressionei a carta contra meu peito
pois queria que os maus momentos partissem e dessem lugar
apenas aos momentos especiais, que ainda estavam frescos em
minha mente, por causa da história de Ricardo.
Existem palavras que nunca mais vão embora.
ISBN | 9786599253164 |
Número de páginas | 251 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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