Na quadra Natalina recebo a notícia de que o Ferreirinha, meu pai, estava bastante doente. Ao longo da vida, sempre foi um exemplo, um lutador, um homem integro e de caráter ilibado. Era também um homem de Deus, embora não muito assíduo na igreja. Se não era assíduo na igreja, sempre conduziu sua vida como um verdadeiro Cristão, dentro da obediência a Deus... O Trem da Vida, efetuava mais uma parada. A última parada para o Ferreirinha. O que todos os seres humanos ambicionam, é chegar a essa parada e ter a oportunidade de tomar lugar no Trem de Jesus, o Expresso que leva diretamente à Nova Jerusalém, à Salvação. Apesar de saber que não seria necessário, pois Jesus conhece nosso coração, no profundo e no escondido, senti a necessidade de apresentar meu pai, o Ferreirinha para Jesus, demonstrando que ele era merecedor de entrar na Nova Jerusalém.
APOCALIPSE; “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido”.
Nos dias que se seguiram, nesse final do ano de 2107, na virada para 2018, falei com Jesus, falei do Ferreirinha, da história da localidade onde ele nasceu, do seu nascimento, da sua meninice, da sua infância, vida escolar, profissional, na família, no seio das sociedades que o acolheram, ao longo de toda uma vida. Nesse percurso, ele acabou por se cruzar com muitas gentes, lugares e as subsequentes histórias desses encontros cruzados, estão relatados neste livro. Era para ser apenas, simplesmente, a história de vida do Ferreirinha, mas quando a comecei a escrever, Deus me direcionou noutras direções que acabam por completar a história do Ferreirinha. Aproveitando a visita da Missionária Maria do Carmo, já tinha marcado uma estadia em Teresópolis.... Situações imprevistas levaram a mudar, na última da hora, essa viagem, para local paradisíaco onde Deus me revelou o Grande Mistério da Morte. Nós; humanos, não entendemos ainda todo esse Mistério da Morte, apenas porque ainda não conseguimos entender o Mistério da Vida. Deus me revelou esses Mistérios, a que não será estranha, a presença da Missionária, com toda a sua espiritualidade. Neste livro, narro a revelação desses mistérios, da forma como os entendi. Guiado por Deus, nesse relato da vida do Ferreirinha, acabei sendo direcionado para alguns eventos de todo inesperados. Deus me permitiu ver alguns dos erros mais comuns, outros não tanto, mas todos eles cometidos por nós, humanos, quando esquecemos que já fomos Salvos em Cristo, quando Jesus se sacrificou no Calvário, ficando zerados, totalmente livres do pecado. Por não sabermos gerir essa libertação, por vezes, caímos de novo no pecado. Importa ser humilde, pedir perdão por nossas falhas e garantir a salvação, não nos tornando pecadores. Somos falhos, nenhum de nós é perfeito, mas, um erro aqui, outro ali, não fazem de nós pecadores. O pecador é aquele que sistematicamente insiste no erro, no pecado, não se emendando. Por fim, nesta narrativa da vida do Ferreirinha, Deus me direcionou a prestar homenagem a alguns irmãos, pela forma como se destacam, como são exemplo de novas criaturas transformadas pelo grande e sublime amor de Jesus Cristo. Esses verdadeiros Cristãos, destacados e a quem é dada honra nesta narrativa, todos eles, acabaram por, de alguma forma, indiretamente, estra a meu lado e contribuíram para o meu entendimento sobre os mistérios desta vida e da morte. Entre os quais, naturalmente, está essa finíssima pérola, minha esposa ADA.
O Ferreirinha faleceu em 3 de janeiro de 2018.
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