Somos a sociedade do Ter. Isso é tão arraigado que parece óbvio ao senso comum. Quem nunca ouviu as popularescas expressões: “só vale quem tem”, “você é o que tem”, “quem não tem nada, não vale nada” “quem não tem, não é ninguém” e etc..
Está tão aprofundado, que não se refere mais apenas ao comportamento, mas também ao caráter. Todos querem ter tudo, são cada vez mais cobiçosos. O objetivo da vida é Ter. São mais na medida em que tem mais. Hoje somos reduzidos ao que possuímos. Só existimos como pessoas por meio das posses. Para existir na sociedade, precisamos Ter e, quanto mais se Tem, mais existimos: Ser e não Ter, ou Ter e não Ser? Eis a questão.
Quando conhecemos alguém, automaticamente procuramos identificar esse alguém pela nossa cultura do Ter. Exemplo simples de nossa mediocridade é quando primeiramente perguntamos : “o que você faz?”, “trabalha com o que?”, “mora onde?”. A pessoa é categorizada pelo trabalho que TEM, pela moradia que TEM, pelos bens que TEM. É evidente que o TER sobrepujou o SER. Não há mais interesse em saber sobre o SER de cada indivíduo. Sua personalidade, caráter, cultura etc.
ISBN | 978-65-992-6363-7 |
Número de páginas | 125 |
Edição | 1 (2016) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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