A disputa dos imperialismos chinês e ianque no mundo e no Brasil
O despertar do dragão: nascimento e consolidação do imperialismo chinês (1949-2021) : o conflito USA-China no mundo e no Brasil, do historiador Mário Maestri, apresenta quatro artigos atualizados, publicados, em revistas acadêmicas, em 2021.
O primeiro capítulo empreende leitura sintética da história da China no século 20, enfatizando os anos seguintes à vitória da Revolução de 1949. São discutidos os caminhos e descaminhos que levaram à restauração capitalista, em 1989, com destaque para o fracasso do “Grande Salto Adiante” (1958-60) e para a construção da hegemonia maoísta no PCC, com a Grande Revolução Cultural Proletária (1965-68)… sem proletariado.
O segundo capítulo aborda a industrialização da China, apoiada em capitais privados mundiais e nacionais, destacando o vasto processo de privatizações; a super-exploração operária; a constituição de forte burguesia nacional. Analisa a superação da exportação de mercadorias de baixa tecnologia por produtos crescentemente refinados. Movimento que transformou o país na “fábrica do mundo”, como haviam sido a Inglaterra e os USA, e em mega compradora mundial de matérias-primas.
O terceiro capítulo trata o exórdio da China como exportadora de capitais e sua metamorfose em nação imperialista, na acepção leninista do termo. O que determinou reversão do comportamento dos USA. As administrações Clinton viram o país apenas como fonte de ganhos para o capital ianque globalizado e as de Obama ensaiaram medidas precaucionais tímidas. O republicano Donald Trump apontou a China como o grande concorrente industrial e comercial a ser abatido. O democrata Joe Biden milita já pela desorganização nacional do país.
A hegemonia industrial da China e seu avanço nos setores em que se encontrava atrasada estreitam a janela de tempo em que os USA podem usar sua atual hegemonia militar, financeira e diplomática para tentar fazer retroceder a China, por pressões de todos os tipos e até possíveis conflitos militares localizados. Empreende igual ação contra a Rússia de Putin, consolidando a aliança China-Rússia.
O quatro capítulo descreve o desembarque da China no Brasil, primeiro como mega compradora de matérias-primas e, logo, como investidora de capitais. Enfoca modalidade de investimentos chineses, que também ferem a independência nacional brasileira. Propõe entre os objetivos ianques do golpe de 2016, dificultar a ação do capital chinês no Brasil, política seguida em forma canina pelo segundo governo golpista. Assinala a formação na base de apoio do governo e do golpe de “partido chinês”, de viés burguês, apoiado por setores da esquerda colaboracionista.
O ensaio propõe a necessidade de combate à campanha estadunidense contra a independência nacional chinesa, lembrando, porém, que não há qualquer diferença entre a ação deletéria do capital chinês no Brasil, em relação aos malefícios das nações imperialistas tradicionais.
ISBN | 9786587681054 |
Número de páginas | 142 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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