E já vai aí mais um bocado de folhas cheias de versos,
dessa vez comemorando a beleza de se está aqui, do
vinho, do sexo e do pão. Da arte de quebrar os
mandamentos inumanos impostos por um alienígena
impiedoso, um incentivo a cobiça da mulher do próximo
quando ele estiver distante e se ela for digna do desejo,
deve-se mentir de mansinho, como quem fode na casa da
sogra, do jeito de ser honesto na adoração de outros
deuses, nem que seja um bezerro de ouro ou aquele tênis
na vitrine daquela loja. Ser profano é o contrário de ser
santo, fazer sexo na posição do missionário (pai e mamãe)
só por preguiça mesmo, gostar de rock e de outras coisas
boas da vida: viver a vida em seu esplendor é ser profano,
ser santo é o contrário disto: é negar-se ao que ser quer
porque se quisesse de verdade talvez não conseguiria...
Amar também, amar é ser romântico, amar a criatura
também é algo muito mudando… que esse livrinho de
cento e poucas páginas lhe ajude a ser profano.
Número de páginas | 141 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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