Apesar de Lino Porto tê-los liberado somente agora, trinta anos depois, os seus diários, escritos entre 1981 e 1993, há pouco aqui de lúgubre ou lúbrico. Nesta versão final, o autor acabou retirando algumas confissões no mínimo embaraçosas: um ato de racismo e um roubo notório, um estupro descabido e um assassinato involuntário, todos, de acordo com o seu advogado, já devidamente prescritos. Porém, segundo o laureado escritor, tais crimes foram confessados sob outras formas, mais “discretas”, ao longo desta obra fragmentária, tentativa talvez frustrada de organizar o seu caos de juventude. No fundo, é um acerto de contas consigo mesmo e, ao final, a conta não fechará e nem será paga. E o pior: o autor parece não ter se arrependido de nada. É mesmo um caso perdido, mas que vale a pena ser lido, pois além de retratar aquela "geração Coca-Cola" dos anos 1980, sem querer o retrato, meio rasgado e esmaecido, acabou servindo também para o Brasil caótico de hoje. Mais que uma coleção de aforismos, eis aqui uma transcrição do que o autor contou, secretamente, durante treze anos, em seu confessionário mais íntimo.
Número de páginas | 197 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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