Ah, poemas, poemas... filigranas de cera fervente a despencar do céu sobre a carne, corrompendo a pele, devassando ossos, libertando nervos. Poemas não são uteis, não foram concebidos para adornar as salas das famílias bem-comportadas, não se revelam judiciosos ou edificantes ou puros ou sãos ou singelos. Poemas escondem a lâmina sob o bouquet, dentes vorazes a espreitar a sensibilidade humana, a gargalhada diante do incêndio, o silêncio antes do estampido.
Os poemas que compõem este volume se insurgem contra todo conforto, contra toda permissão, contra todo contrato. São ecos dos uivos lancinantes de Ginsberg, as tapeçarias sangrentas de Verlaine, o pavoroso riso do idiota de Rimbaud, o maternal pé afogado de Corso, as bufólicas e o kadosh de Hilst. Poemas candentes, a saltar destas páginas para as nossas almas. Os jovens poetas, aqui reunidos, entoam, em uníssino, o cântico de São Francisco de Sales, “Da mihi animas cetera tolle”. Nada mais os interessa, além de almas, almas tocadas por poemas.
Destas páginas, ninguém sairá impune!
Boa leitura.
ALFONS HEINRCH ALTMICKS
ITAPARICA, ABRIL DE 2022
ISBN | 978-65-995247-3-8 |
Número de páginas | 198 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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