Há livros que nascem da imaginação. Outros, da memória. Este nasce da carne. Da dor não dita, do silêncio cultivado como proteção, da alma que resistiu décadas ao abismo — e que agora, enfim, escolhe falar.
Este livro é um mergulho fundo e sem rede no território mais íntimo da existência: a ausência de um pai, o luto que não teve rito, a responsabilidade precoce de ser homem sem ter sido filho por inteiro. Não há aqui vitimismo, nem lamento viciado. Há, sim, um desejo genuíno de compreender. De atravessar a dor, nomeá-la, reconhecer suas raízes. Porque a ferida, quando nomeada, começa a cicatrizar.
A história que o leitor encontrará nas páginas a seguir não se pretende exemplar. Ela não quer ensinar — quer partilhar. Partilhar o peso e o espanto de crescer sem o olhar contínuo de um pai, esse olhar que orienta e ampara. O autor, ainda menino, viu-se jogado na vida sem bússola. O mundo, hostil aos órfãos, fez de sua liberdade um campo minado. Conheceu a vertigem de não ter a quem temer, a quem prestar contas, a quem pedir socorro. E essa liberdade, que tantos sonham, revelou-se para ele uma prisão disfarçada: sem limites, sem amparo, sem chão.
Mas há, neste livro, algo maior do que a dor. Há amor. Um amor que resiste ao tempo e à morte. Um amor que, mesmo não vivido em plenitude, deixou marcas indeléveis.
ISBN | 9798284840337 |
Número de páginas | 34 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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