No eixo sul da região metropolitana de Belo Horizonte existem lugares únicos, que associam belas paisagens, recantos naturais e fácil acessibilidade viária. O clima agradável, associado ao valor estético das serras e a alta disponibilidade hídrica, criaram espaços segregados, caracterizando pelos condomínios fechados, que se inserem neste contexto como a principal forma de apropriação, uso e ocupação do solo. A área em questão também apresenta áreas naturais de transição entre os biomas do Cerrado e Mata Atlântica, e ainda ocorrência de endemismo nos campos rupestres localizados nas serras. Nota-se nesta região, que a natureza foi transformada em “produto”, pelo marketing, pela publicidade e pela propaganda sendo constantemente colocada como atrativo ao morador da cidade, seduzindo-o a romper com o cenário urbano, mesmo que temporariamente e evidenciando que o capital prevalece sobre o ser humano e sobre o meio ambiente. Esses condomínios fechados, assim como seus impactos sociais e ambientais, confirmam a vocação do eixo sul da região metropolitana que se caracteriza por esta forma de ocupação humana transitória entre o urbano e o rural e marcada pelo conflito entre o humano e o natural. Os condomínios exercem forte pressão sobre áreas ainda preservadas, como é o caso da localidade deste estudo, denominada Piedade do Paraopeba e seu patrimônio histórico, bem como remanescentes florestais localizados no entorno. O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma breve análise sobre as formas de apropriação do espaço, originadas a partir do afastamento do contexto urbano, como “fuga” do estresse e busca de qualidade de vida, caracterizando a múltipla funcionalidade da paisagem.
Número de páginas | 97 |
Edição | 1 (2015) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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