Uma vida bem vivida é encantadora! Ela é breve, isto é fato! Passa igual às horas que aprisionam os segundos e minutos, igual os anos que nos vestem de novas roupagens a cada estação vivida... O tempo espremido, marcado na ampulheta, tinge nossos cabelos de branco, enfraquece nossos pés, nossas mãos e nos deixa com saudade de uma época que não voltará jamais. Mas, é aí que reside a graça de viver! Se encantar a cada segundo, se redescobrir a cada minuto, morrer a cada hora para renascer a um minuto após, cheio de novas inquietações – é assim que vive e pensa o poeta.
O poeta é aquele sujeito que não só vive intensamente. Ele analisa, idealiza e discute a palavra. Nada é tão simples ou tão imponente aos seus olhos, e, ao mesmo tempo, tudo é muito simples ou muito imponente... Ele é turbulento e calmo, nada escapa de sua observação atenta. Ele é um, mas, também, é mil. Ele não quer ser, ele é o que inquieta o mundo. Significado e significante tanto faz, o importante é dizer: o “ser” pode ser importante, mas nada é tão gratificante do que reviver os instantes.
Aprender e ser aprendiz – é lema constante! – o poeta se impressiona e se reconhece no olhar de uma criança ou de um idoso. Nunca quer ser verdade nem mentira. Quer ser a dúvida! Quando a dúvida aparece, reflexões brotam e se espalham... E é aí, neste universo, que o poeta se reinventa, mergulha e vai até o fundo do mar das indagações...
Adágio de um aprendiz – é um dito lento – mas lento no sentido de ser vivido, sentido e discutido. Esta é a proposta deste meu livro que ofereço a cada leitor iniciante ou não, para aquele que já me acompanha e aquele que passou a me acompanhar recentemente. Este é meu anseio, apresentar este livro a você, querido leitor! Viva a poesia!
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