Desde a mais remota antiguidade, contar estórias permeadas de desafios e encantamento constituía uma prática eficaz, que auxiliava os habitantes das aldeias, reunidos em torno de uma fogueira, não só a atravessar as longas noites de inverno, mas a propagar e preservar sua cultura, valores e costumes, especialmente para as crianças e jovens dos clãs.
Nessas narrativas, todas as angústias e dificuldades – provenientes do amor, do medo, do desamparo, da rejeição e da morte – são enfocadas em um lugar fora do tempo e do espaço, mas muito reais!
Geralmente, o final feliz indica a forma de se construir um relacionamento interpessoal satisfatório. Mas, evidentemente, para se chegar ao final feliz, inúmeros desafios deverão ser enfrentados!
Esses contos têm como palco a natureza que nos brinda com aquele céu azul; aquelas corredeiras profundas; aqueles rios impetuosos; aqueles longos cumes e picos das montanhas que se erguem afiados; as geleiras suspensas e coroadas de neve eterna!
Nesse cenário, deparamo-nos com uma raça viril e honesta, dos caçadores, dos lenhadores, dos pescadores; homens que levavam uma vida dura e solitária em meio a ambientes primitivos e fascinantes que os países nórdicos têm a oferecer.
Em suma, esses contos nos incitam a desenvolver uma reflexão sobre a fantasia e suas imagens simbólicas como recursos fundamentais no desenvolvimento humano.
Para o autor ou pesquisador, é sua esperança e crença de que aqueles que vierem a conhecê-las terão tanto prazer de sua leitura quanto lhe deu para quem as colocou no papel!
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