Diabolismo

A estória baseia-se na premissa do envolvimento do místico, do desprezo das construções refletidas, dos encadeamentos lógicos e pela ativação sistemática do inconsciente e do irracional, do sonho e dos estados mórbidos cheio de acontecimentos improváveis de ocorrerem na vida real, mas não de tudo desconhecido pelos seres humanos.

O registrado no romance não chega a ser de terror, mas sim de um moderado suspense que toma vulto em ascensão progressiva e envolvente, numa sequência de fatos atinentes ao sobrenatural e ao paranormal, ao misticismo, às drogas, ao sexo, a prostituição, e, por conseguinte, torna-se um caso de polícia. Esse conjunto de fatos, nos leva à mistificação formal das faculdades espirituais, relativo à, ou, ao próprio “eu” de cada ser humano. A narrativa transporta o leitor ao ambiente pecaminoso da estória, para que experimentem intensamente na envolvente trama, a fraqueza, o amor, o ódio, os desejos e os despreparos espirituais dos personagens, mas principalmente as suas desventuras. O que não deixa de ser, realmente, a batalha insana desde que o mundo é mundo do bem contra o mal.

Desse modo, uma inocente jovem num clímax impuro encontra um canalha que toma as rédeas de sua vida e as entrega às mãos da loucura, destruindo-a para sempre, iniciando desse modo os preparativos para a construção da teia Diabólica que é a essência de toda a estória. A trama arde num misto de amor, ódio e desejos carnais, levando um rapaz insciente a cometer um erro capital, que, sem ter consciência do fato, aperta o gatilho e dá início a desgraceira de muitos e a de ele mesmo.