O silêncio tem muitas formas. Há o silêncio que sufoca, o que esconde, o que grita por dentro e ninguém ouve. É um eco constante de vazio que ressoa na alma, um peso invisível que se carrega desde que se entende por gente. Mas há também o silêncio que observa, que compreende, que acolhe. Aquele que, paradoxalmente, se torna a mais potente das vozes. Isadora sempre conheceu esse último. Desde pequena, seus olhos escuros e profundos eram janelas para um mundo que a maioria ignorava – o mundo das entrelinhas, dos gestos não ditos, das dores invisíveis que se aninham nas profundezas do peito alheio. Ela não era a voz que se erguia em protesto, a que rasgava o ar com gritos de indignação. Ela era o eco que garantia que nenhuma voz, por mais abafada que fosse, se perdesse no vácuo da indiferença. Esta é a história de como Isadora aprendeu a ouvir o próprio silêncio para se tornar a âncora de outros, e como, ao fazê-lo, encontrou sua própria melodia, uma canção suave, mas inquebrável, que ressoava do lado de cá do silêncio.
Número de páginas | 226 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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