Segundo a doutrina católica, ex-voto é o presente ou recompensa oferecida pelo fiel a determinado santo de devoção por uma graça alcançada, como a cura de uma parte enferma do corpo. As expressões votivas são tradicionalmente reconhecidas sob as formas de pinturas, desenhos, figuras esculpidas em madeira, modeladas em argila ou cera, etc., normalmente representando uma parte do corpo que estava adoecida e foi curada. Os ex-votos são colocados geralmente em igrejas ou locais considerados sagrados.
Não tenho parte doente no corpo, tampouco sigo a doutrina católica, já há muitos anos. Mas não existe expressão mais correta para nomear este livro de poemas.
O que em mim adoeceu foi o coração da alma.
O rompimento entre eu e tantas utopias gerou dores imensas, desconhecidas até então; daquelas que recorremos a uma força superior para suplicar alívio.
‘Esculpir’ este “Ex-voto” foi a tentativa de encontrar minha cura.
Não posso afirmar que ao por um ponto final nestas páginas o ‘milagre’ tenha sido alcançado. Talvez por longo tempo permaneça o remodelar da parte enferma. Talvez, o “simples” ato de viver já não nos permita a plena saúde da alma. Mas a poesia permite a alguém que não crê em promessas fazer uma e ‘pagar’ por ela antes e sem saber se a ‘graça’ será alcançada.
A poesia permite a comunhão com todas as coisas, inclusive com a Paz. A poesia permite, silenciosamente, gritar.
Todas estas páginas saíram do mais profundo âmago.
Muitas delas nasceram junto de lágrimas, outras de esperança, outras de fé, outras de angústia, outras de saudade e, por fim, algumas, de branda compreensão.
Retratam momentos de encontro e distanciamento da vida, da fé e do Sentimento Maior: o Amor.
Número de páginas | 118 |
Edição | 1 (2014) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Couche 90g |
Idioma | Português |
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