Compreendo que o Cristão para testemunhar sua fé hoje, precisa ser um homem em paz consigo mesmo e com Deus em primeiro lugar, comprovado em sua vida interior e nas lutas diárias, já que a fé é, diretamente, ligada às obras. Homem que supere as incertezas e dúvidas e que, através de uma profunda união com Deus, receba a força necessária para em meio às controvérsias dos tempos, não se deixa levar por elas e assim, imprimir neste mundo a face de Cristo.
Conhecer, amar e viver são realidades inseparáveis na vida do Cristão. O encanto que tem pelas belezas da vida e sua disposição em viver o momento presente colhendo o bem maior em todas as coisas fazem com que ele seja um verdadeiro artista e mestre na arte de viver, tornando-se uma preciosa dádiva de Deus para o mundo.
Penso que nossa postura de Cristão, de maneira mais exigente, deve ser alicerçada no nosso ser e agir, e não em palavras. Tem uma “historinha” que expressa bem o que quero dizer com isso: “Conta-se que em Paris, alguns acadêmicos críticos e maliciosos, informados da vida e atividades do Cura d’Ars e das inúmeras pessoas que iam visitá-lo em peregrinação, combinaram que um deles fosse até lá, a fim de observar os fatos em segredo. Depois, teriam motivos de sobra para suas zombarias. Assim, realmente um deles foi até Ars. Voltando, permaneceu calado e pensativo. E quando cercado pelos amigos que o enchia de perguntas curiosas e indiscretas, ele apenas respondeu: Calem-vos irmãos, eu vi Deus num homem!”
O que eu gostaria de dizer é que a vida de quem viu a Deus, seja como for, toma nova direção, constatamos isso na Sagrada Escritura. Que o nosso testemunho de vida cristã, leve muita ao encontro com o Deus que habita em nós.
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