Aqui, na escrita do Pedro ( nesse momento da sua
escrita ) está / esteve em jogo sua vida. Está em jogo
a trajetória do Planeta, os passos de tartaruga da Humanidade. Como em todo grande poeta. Como em toda grande poesia. E como em todo poema que carrega um potencial de poesia. E esses poemas carregam. Como Rilke. Como Blake. Como Piva. Como Garcia Lorca.
Um conglomerado de forças. Feitiço contra a fragilidade do Mundo: o Ego. Cada poema aqui é como um composto de energia, um quantum, um pacote de energia direcionado à consciência do Ser, à consciência do Planeta, ao caroço das coisas: você, leitor, você...
sempre você.
Ou seja: na medida em que esses poemas do Pedro têm extensão em sua vida; na medida em que o Pedro é alguém que é verdadeiramente um poeta, alguém que tá interessado em FAZER ( poiésis ) POESIA e não só escrever poemas, vocês podem ter certeza que esses poemas hoje concretos e condensados à sua frente já foram uma experiência primeira de grandiosidade abstrata ( outra dimensão ) e hoje não são quase nada do que foram, quase nada.
O que eu digo é: elas não começaram no papel, na escrita, numa viagem via linguagem, como no poeta tradicional, que só conhece esse dimensão da poesia
( ou ainda a dimensão do intoxicar-se até morrer
com drogas, bebida, sexo, rock´n´roll na velhíssima
e conhecida Trindade, Santíssima Trindade dessa Sociedade ).
Começaram numa viagem de percepção, sensorial.
Como na meditação, na oração, no transe, na Alegria. Esses poemas são a sobra duma anterior orgia sensorial
( poesia ) à qual o Pedro se submeteu naquele dado momento, naquela dada noite, naquele dado dia. E se submeteu não necessariamente pra escrever poemas, mas pra melhorar como ser humano; é um projeto de vida; & se ele foi generoso em nos revelar esses poemas, devemos é ser gratos à ele, como à todo grande poeta, nós devemos ser gratos.
Então, ele é poeta...ele faz poesia muito antes de escrever poemas. Mas como grande poeta que é ( é sempre bom lembrar ), não é negligente no trato com as palavras;
ele sabe ser um intelectual quando é preciso ser, tem consciência de Linguagem pra poder significar bem sua poesia, a poesia da sua Consciência.
- trecho do posfácio escrito pelo poeta-escritor Paulo Rafael de Aguiar Godói
ISBN | 978-65-000-1607-9 |
Número de páginas | 165 |
Edição | 1 (2012) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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